A China enviou, na última terça-feira (16), um emissário especial para a Ucrânia, a fim de discutir uma “solução política” para o fim da guerra contra a Rússia. O representante especial chinês, recém nomeado Li Hui, foi o escolhido pelo país asiático para ter um encontro com membros do alto escalão do governo ucraniano, entre eles, o presidente Volodymyr Zelensky.
Na quarta-feira (17), Li se reuniu com o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, e este explicou com detalhes o que foi discutido no encontro. Kouleba disse à imprensa que foi “explicado em detalhes os princípios de restauração de uma paz duradoura e justa, baseada no respeito à soberania e integridade territorial da Ucrânia.” Foi enfatizado ainda que a “Ucrânia não aceita nenhuma proposta que implique a perda de seus territórios ou o congelamento do conflito.”
O ministério das relações exteriores da China reitera que "A China sempre desempenhou um papel construtivo em aliviar a situação humanitária na Ucrânia a sua maneira e continuará a fornecer assistência à Ucrânia dentro de sua capacidade.” Em observância ao encontro, reafirmou que todas as partes têm de estar alinhadas e definitivamente propostas a discutir uma paz duradoura para a obter um avanço concreto.
A Ucrânia reafirma que acordos que pedem que ela ceda os territórios invadidos pela Rússia, não serão sequer discutidos, pois segundo a mesma, ela é soberana aos seus territórios.
Representante chinês Li Hui se encontra com representantes ucranianos para discutir acordo de paz - (Foto: reprodução/Twitter)
O encontro foi considerado proveitoso e ficou alinhado que irão trabalhar em conjunto para que as propostas discutidas no encontro sejam continuadas num futuro próximo.
Li Hui ainda visitará outros países europeus durante os próximos dias, entre eles Polônia, França, Alemanha e a Rússia. Na pauta, segue a guerra e seus desdobramentos.
Concomitantemente a visita do alto comissário chinês, a Rússia manteve os ataques a mísseis contra a capital ucraniana Kyev. Segundo informações do governo da Ucrânia, os mísseis teriam como alvo áreas não residenciais da capital e que a maioria foi interceptado pelo sistema de defesa.
A China é considerada a parceira mais próxima da Rússia no momento, porém nunca condenou publicamente a guerra. Em março, o presidente chinês Xi Jinping deu uma declaração onde se ficou entendido que seu país apoiava a invasão russa, porém, oficialmente nada foi declarado.
Foto destaque: representante do governo Chinês Li Hui. Reprodução/Twitter
