O repórter Matthew Chance, correspondente da CNN Internacional em Kiev, na Ucrânia, se assustou ao ouvir o barulho das primeiras explosões do ataque russo à Ucrânia, enquanto fazia uma entrada ao vivo direto do topo de um hotel na capital ucraniana.
O relógio na tela indicava que eram 5h10 da manhã no horário local. O estrondo das explosões vinha de um ataque de mísseis da Rússia ao país. E, apesar de o bombardeio ter ocorrido distante de Kiev, pode ser ouvido claramente.
O jornalista ficou obviamente assustado com o que presenciou e não pode esconder a apreensão.
"Acabei de ouvir uma grande explosão bem aqui atrás de mim. Eu nunca ouvi nada parecido", falou Chance ao âncora, que conseguiu contar entre sete e oito explosões naquele momento.
Confira a reprodução da transmissão:
CNN's Matthew Chance in Kyiv: "I just heard a big bang right here behind me." Here's the video of the moment pic.twitter.com/prYeVlDvkn
— Brian Stelter (@brianstelter) February 24, 2022
"Há grandes explosões acontecendo. Não posso vê-las ou explicar o que são. Mas vou dizer-lhe que os EUA avisaram as autoridades ucranianas que poderia haver ataques aéreos e terrestres também em todo o país, incluindo a capital. Não sei se é isso que está ocorrendo agora, mas é uma coincidência notável que as explosões venham poucos minutos depois de Putin fazer seu discurso", explicou Chance.
Mediante a tensão o repórter decidiu colocar os equipamentos de segurança disponíveis – um colete à prova de balas e um capacete, pois, ainda não se podia saber o que estava por vir.
Correspondente da CNN se protege após as primeiras explosões na Ucrânia, nessa madrugada. (Foto: Reprodução/Twitter)
Logo, o jornalista concluiu que as explosões de fato indicavam uma ação militar russa, dizendo que a capital da Ucrânia há semanas estava absolutamente silenciosa, até então.
"Esta é a primeira vez que ouvimos alguma coisa [do tipo]... Tem que ser mais do que apenas uma coincidência", afirmou Chance. "Estava tão tranquilo na Ucrânia esta noite até aquelas explosões", continuou. "O que pensávamos ser impensável até algumas horas atrás, agora está em andamento", lamentou o jornalista.
Foto Destaque: Repórter Matthew Chance, correspondente da CNN. Reprodução/Twitter.