O político passou seis anos preso, e agora está “livre” para circular sendo monitorado.
Cabral é acusado de liderar um forte esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro, como, por exemplo, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, por chefiar organizações criminosas que fraudavam licitações, cobrar propina de empreiteiras, sendo o caso mais conhecido - obras do Estádio do Maracanã, entre outros esquemas. O ex-político confessou ter aceitado obter recursos de maneira incorreta, ter agido como corrupto e ainda ressalta: "Poder e dinheiro é um vício".
Sérgio Cabral usa máscara na detenção. (Foto: Reprodução/Tercio Teixeira/folhapress)
Em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão preventiva, passando para domiciliar e, posteriormente, recolhimento noturno enquanto aguarda a conclusão das ações penais. Todos os processos somam aproximadamente 430 anos de reclusão.
O ex-governador ficou preso por 2.219 dias, o equivalente a seis anos e 22 dias no sistema prisional do estado, cumpria a chamada “prisão preventiva”. A medida não possui prazo definido, mas precisam ser revisadas a cada 90 dias e pode ser usada para evitar interferências nas investigações. Sob essa modalidade de prisão, a defesa entendeu que o mesmo ainda não havia começado a cumprir pena pelos processos em que está sendo investigado.
Sérgio Cabral na varanda. (Foto: Reprodução/Alexandre Cassiano/Jornal Extra)
Na última quinta-feira (09), após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Cabral irá cumprir pena em casa. Sob alegação da defesa, depois dos advogados Daniel Bialski, Bruno Borrangine, Patricia Proetti e Anna Júlia Menezes terem concluído que a prisão preventiva havia se estendido além do prazo razoável, e comentou ainda sobre Cabral não ter mais influência sobre o governo e oferecer risco à ordem pública. A medida será substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica, apreensão do passaporte e comparecimento mensal a justiça.
Foto Destaque: Sérgio Cabral. Reprodução/Geraldo Bubniak/Agência O Globo