Cerca de 20% da população brasileira, ou seja, 40 milhões de pessoas, foi vítima de golpe nos últimos 12 meses, chegando ao prejuízo de R$ 2 bilhões. Segundo o relatório Tendências em Fraudes Digitais no Sistema Financeiro, que examina minuciosamente a situação no país, feito pela BioCatch, nove a cada 10 fraudes ocorreram pelo celular e 80% delas foram realizadas entre 9h e 17h, ou seja, durante o horário comercial. O relatório diz ainda que 40% dos cidadãos brasileiros já foram vítimas de golpe financeiro em algum momento na vida.
Golpes mais frequentes
O levantamento mostra que metade das fraudes ocorridas estão interligadas ao roubo de celular. Dentre os três tipos de golpes mais frequentes, estão os que usam técnicas de engenharia social, técnicas que exploram erros humanos para obter informações privadas, sendo a mais comum a criação de falsas centrais telefônicas bancárias. A BioCath aponta que, nesses casos, os criminosos fazem uso do pix para que a vítima realize o pagamento da fraude, o que resulta em mais de 70% do total de perdas, em 2022, sendo provenientes desse golpe. Chegando a R$2.5 bilhões perdidos.
Em terceiro lugar estão os golpes com malware, links enviados às vítimas que dão aos criminosos acesso às suas informações pessoais e financeiras.
A estratégia que está ganhando espaço é chamada “Estelionato Romântico”, pela BioCath. Em casos como esse, a fraude começa em aplicativos de relacionamento ou redes sociais, como uma relação amorosa que leva o criminoso a ter acesso às informações pessoais e financeiras da sua vítima.
Pessoa acessando o computador e o celular (Foto: reprodução/Tom Werner/ Getty Images Embed)
Instituições financeiras podem ajudar
De acordo com o diretor de Pre-Sales Latam da BioCatch, Cassiano Cavalcanti, o dinheiro extorquido torna-se difícil de rastrear por passar por diversas contas laranjas. O diretor diz ainda que as instituições financeiras ao redor do mundo devem fazer mais para encerrar as contas laranjas, já que são vitais para o sucesso das fraudes e golpes.
Foto Destaque: pessoa acessando o computador (Reprodução/Pexels)