Durante o Carnaval, muitas latas e garrafas plásticas são descartadas de maneira incorreta. Ruas, bosques, lugares abertos são sempre os locais para o descarte desse material. Nesse período de festas, ao mesmo tempo que a quantidade desse material descartado de forma incorreta aumenta, o número de catadores de latinhas também se multiplica e o trabalho é fundamental para tal resultado.
Segundo um levantamento feito pelo Instituto Pragma, responsável pelo Anuário da Reciclagem, o trabalho em cooperativas tem um potencial de reduzir cerca de 18,7 mil toneladas de CO2, durante essa temporada de pré e pós-Carnaval. O levantamento considerou seis cidades brasileiras, sendo elas: São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e a cidade de Olinda, localizada no estado de Pernambuco.
Garrafas plásticas sendo separadas para o descarte correto em cooperativa (Foto: reprodução/G1)
Ao todo, espera-se que haja um crescimento de 26,3% do material reciclado pelas cooperativas neste ano, comparado ao ano de 2022.
Formas distintas de trabalho
Nos estados, há diversas formas desse trabalho ser realizado. Em Salvador, por exemplo, há um modelo de trabalho onde esses catadores individuais levam todo esse material coletado às cooperativas.
Catadoras individuais de reciclagem organizando o material para o descarte correto (Foto: reprodução/Metrópoles)
Já no Rio de Janeiro, o esquema de trabalho é outro. Os catadores individuais e as cooperativas acabam por trabalhar de forma individual.
A importância de se unir as cooperativas e os catadores individuais é expresso pelo Anuário da Reciclagem 2023, que apresentou um resultado de redução de 876,3 mil toneladas de CO2, em 2022, ao mapear 2.941 organizações de reciclagem no Brasil com 86.878 catadores que trabalharam juntos. Ao todo foram 1,77 milhões de toneladas de materiais reciclados no ano.
Expectativas para as seis cidades listadas
Para a cidade de São Paulo, a expectativa é que mais de 4.908,17 toneladas de plástico e 1.615,35 de metal sejam coletados pelas organizações e pelos catadores.
No Rio de Janeiro, a projeção é que ultrapasse 4.570 toneladas de plástico e 1.525 toneladas de metal. Em Salvador, a expectativa é de que ultrapasse os 860 toneladas de plásticos e de 186 toneladas de metal para este ano.
Já para Recife, a projeção é que ultrapasse também os 237,75 toneladas de plástico e 80,35 toneladas de metal. Na cidade de Olinda, a projeção é de mais de 147,57 toneladas de plástico e 78,19 toneladas de metal. Em Belo Horizonte, a perspectiva é que se chegue a 250 toneladas de plástico e 80,86 de metal.
O período de projeção é entre fevereiro e março de 2024.
Foto destaque: cooperativa de reciclagem (Reprodução/Agência Brasil)