Com necessidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), combater a inflação com um forte altas de juros deverá levar os EUA a uma leve recessão a partir do quarto trimestre, que deve se estender até 2023, segundo Vincent Reinhart, economista-chefe da Dreyfus and Mellon em uma entrevista ao Estadão. O economista criticou o BC americado por ter elevado as taxas de juros em 0,75 ponto percentual na semana passada.
Ele diz que foi um erro dentro do comitê do Federal Reserve a elevação do de juros em 0,75 ponto percentual. "Como a inflação está muito alta, o que já elevou as expectativas para o indice de preços, precisou agir com força e elevou a taxa mais do que o Banco Central do Brasil no mesmo dia", diz Vincent Reinhart. Os membros do comitê do Fed trabalham duro para estabelecer um ritmo gradual na retirada da política acomodatícia e se comprometeram a subir os juros em 0,50 ponto porcentual por duas reuniões.
Dolár americano (Foto:Reprodução/CNN)
A propabilidade de uma recessão global vem aumentando diante da necessidade de vários países terem que tomar decisões mais agressivas em suas políticas monetárias para conter a alta da inflação. Nas últimas semanas não só o Fed (Federal Rserve) precisou elevar seu aperto monetário, mas outros bancos pelo mundo também, como Banco Central Europeu, o Banco da Inglaterra, o Banco Central da Suíça e até mesmo o Banco Central do Brasil.
Em relatório assinado pelo economista Jan Hatzius, o Goldman Sachs aumentou sua probabilidade de haver uma recessão para 48% nos próximos dois anos, de 35% anteriormente. Já a probabilidade de haver uma recessão em 2023 dobrou de 15% para 30%, segundo o banco.
Na Europa, a expectativa de uma recessão pelo Deutsche também aumenta. Segundo o diretor-presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing, a probabilidade de uma recessão no continente em 2023 ou 2024 é maior do que a registrada em qualquer período anterior.
Foto Reprodução : Dolár americano sob bandeira americana. Reprodução/Forbes