Com o caos no transporte público, o BRT (Bus Rapid Transit) segue sendo o meio mais turbulento, não só para passageiros e motoristas, mas também para a administração da transportadora de veículo que carrega em média mais de 200 mil pessoas por dia.
No entanto, com a pressão da população, após inúmeras queixas e protestos por conta da situação precária do transporte, o governo do estado vem tentando mitigar os impactos após a ameaça de motoristas na tentativa de realizarem uma greve. Porém, o que muitos não sabem é que a prefeitura paga um aluguel equivalente a mais de R$2 mil para empresas diariamente, para que alguns ônibus rodem como BRT na cidade.
De acordo com o RJ2, da TV Globo, há 71 veículos transitando pelo Rio de Janeiro, mas em poucas horas este número diminui, pois, conforme a investigação informa, as empresas tendem a diminuir o tráfego de ônibus por ser um cobertor curto e lucrar com o BRT por firmar diretamente com a prefeitura, mesmo que isso gere um caos.
Pessoas pressionadas no BRT. (Foto: Reprodução/O Globo)
Ainda de acordo com a apuração, é notória a redução de ônibus nas ruas fazendo seu trajeto durante o tráfego dos BRTs, de modo que o transporte fique ainda mais escasso. Além disso, os consórcios pegam esses ônibus para por na rota do BRT.
Viações como Palmares, Pavunense e Santa Cruz, são alguns dos exemplos das linhas que passam pelo terminal Alvorada, reduzindo veículos em suas próprias rotas, com o intuito improvisado de ser o BRT, que de acordo com RJ2, fazem com que os consórcios lucrem em cima disso.
Mulher esperando ônibus no ponto. (Foto: Reprodução/Extra)
Nota da Prefeitura
Em nota divulgada, a Secretaria Municipal de Transportes, órgão responsável por este setor, disse que os consórcios não estão autorizados a reduzir a frota para alugar ônibus para o BRT, mesmo que seja de apoio à operação de emergência, como vem acontecendo nos últimos dias. E salientou a emissão de multas por meio do GPS contido nos veículos. Por fim, a própria Secretaria, que desde outubro do ano passado (2021) já aplicou mais de 37 mil em diversos consórcios por diminuir a operação das frotas ao retirar veículos do seu intinerário.
Foto destaque: Ônibus. Reprodução/TV Band Rio/Uol