Nesta segunda-feira (19) quase 200 países chegaram a um acordo na Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade (COP15) em Montreal, Canadá. O acordo é para tentar proteger os ecossistemas e espécies do planeta, parando a destruição ambiental e a perda da biodiversidade.
O Acordo Kunming-Montreal, apelidado de Acordo da Biodiversidade de Paris, busca dar atenção para a biodiversidade, assim como o Tratado de Paris deu atenção para o combate ao aquecimento global.
O ataque a biodiversidade ocasionou na extinção de mais de milhão de espécies, cerca de 12,5% das espécies de vegetais e animais conhecidas até o momento. 75% dos ecossistemas já foram alterados pelos seres humanos, segundo cientistas.
Os países que aceitaram o acordo tem até 2030 para “conversar e gerir de forma eficaz através de sistemas de áreas protegidas [...] águas terrores, continentais, costeiras e marinhas”.
O objetivo é aumentar o número de proteção das áreas terrestres e marinhas do planeta. No momento 15% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas do planeta estão sob proteção, o desejável é que 50% do planeta consiga a proteção.
Manifestantes da causa indígena seguram placas durante protesto na conferência. (Reprodução/AFP/Getty Images)
Outro objetivo é restauração de áreas degradadas e proteção dos povos indígenas – pela primeira vez os povos indígenas são adicionados em um acordo de biodiversidade.
O acordo prevê que os países mais ricos ofereceram ao menos US$ 20 bilhões anualmente até 2025 e US$ 30 bilhões anualmente até 2030.
Alguns países da África são contrários de alguns pontos que o acordo prevê. Os representantes destes países queriam que mais dinheiro para a conservação fosse para eles, além da criação de um novo fundo para a biodiversidade.
Os representantes de Camarões, Uganda e RDC anunciaram a sua insatisfação com alguns pontos discutidos e decisões tomadas. O representante de Uganda chegou a falar que aconteceu um “golpe de Estado” durante o acordo.
Foto em destaque: Quase 200 países assinam acordo de proteção a biodiversidade. Reprodução/Andrej Ivanov/AFP