O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento à TV russa, na manhã desta quarta-feira (21), no qual anunciou um esforço de guerra que mobiliza milhares de reservistas para lutarem na Ucrânia, após algumas derrotas recentes no conflito.
Putin reforçou que o “objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e finalmente, destruir” a Rússia e afirmou que, em defesa do país, serão usados “todos os meios disponíveis”, incluindo armas nucleares.
“Os que tentarem nos chantagear com armas nucleares devem saber que os ventos predominantes podem se virar na direção deles”, disse o líder russo.
Em seu discurso, Putin afirmou ainda que a Rússia tem, não só, “vários meios de destruição”, como também, armas nucleares mais sofisticadas do que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
“Se a integridade territorial do nosso país for ameaçada, nós, certamente, usaremos todos os meios ao nosso dispor para proteger a Rússia e o nosso povo”, declarou Putin.
Putin convoca milhares de militares reservistas para a guerra (Foto: Reprodução/Fillippo Monteforte/AFP/Veja)
A mobilização de reservistas russos vem em resposta às contraofensivas bem-sucedidas que a Ucrânia teve nos últimos dias, conseguindo recuperar algumas das áreas do seu território ocupadas pela Rússia.
Segundo o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, somente aqueles com experiência relevante em combate e serviço serão mobilizados. De acordo com autoridades russas, cerca de 300 mil reservistas serão convocados para a guerra.
Serguei Shoigu afirma que, na Rússia, há cerca de 25 milhões de cidadãos adequados para o recrutamento, mas apenas 1% será convocado.
O pronunciamento televisionado de Putin ocorreu durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), onde Moscou vem recebendo diversas críticas.
O presidente da Ucrania, Volodimir Zelenski, deve se pronunciar em um vídeo pré-gravado, nesta quarta-feira, na Assembleia.
Foto Destaque: Vladimir Putin. Reprodução/
Putin convoca milhares de militares reservistas para a guerra (Foto: Reprodução/Fillippo Monteforte/AFP/Veja)