Em Quebec, província canadense e a segunda mais populosa do país com cerca de 8 milhões de habitantes, o governo planeja forçar aqueles se recusam a tomar a vacina contra a Covid-19 em pagar impostos, “contribuição de saúde”, onde irá estimular os direitos individuais e responsabilidade social.
Em uma entrevista feita nesta terça feira (11), o primeiro-ministro canadense, François Legault, disse que os detalhes estão sendo finalizados e que essa contribuição não irá se aplicar em pessoas não conseguiram se vacinar por razões médicas.
A província canadense registrou o maior número de mortes no Canadá, onde também está enfrentando um aumento de infecções. Quebec será a primeira província do país a penalizar as pessoas que se recusam a tomar a vacina.
Centro de vacinação em Quebec. (Foto: Reprodução/Reuters/Christinne Muschi)
Legault ainda disse: “Estamos trabalhando em uma contribuição de saúde para tosos os adultos que se recusam a ser vacinados, pois eles representam um ‘fardo financeiro’ para todos os quebequenses. Pessoas não vacinadas prejudicam as demais, e o Ministério das Finanças da província está determinando uma quantia ‘significativa’ que os moradores não vacinados seriam obrigados a pagar.” De acordo com o primeiro-ministro, esse valor não seria inferior a 100 dólares canadenses, equivalente à 79,50 dólares.
Na tentativa de conter a nova variante, Ômicron, a província canadense anunciou no dia 30 de dezembro uma rigorosa medida de restrição, onde se tem toque de recolher às 22h e a proibição de reuniões privadas. De acordo com o governo, 2.742 pessoas estão hospitalizadas com a Covid-19 e 255 pessoas estão em terapia intensiva.
Com o aumento de casos da Covid-19, províncias em todo o Canadá tem forçado as pessoas ao isolamento e sobrecarregado o sistema de saúde.
Para conter os casos, o governo também havia restringido a venda de álcool e maconha para aqueles que não se vacinaram. Segundo Christian Dubé, ministro da saúde, com esse anúncio, a inscrição para receber a primeira dose da vacina aumentou mais de 400% em uma semana.
Foto Destaque: Vacina contra a Covid-19. Reprodução/Andrej Ivanov/AFP