Onda de protestos em universidades americana, traz à tona temas delicados e divide o país, assuntos relacionados à guerra, discriminação por etnia ou religão e envio de recursos financeiros a paises aliados. Pautas que estarão nos discursos dos candidatos que concorrerão às eleições americanas marcadas para outubro deste ano.
Segundo divulgação da mídia internacional, há registro de protesto em pelo menos 40 universidades em todo país, as universidades mais renomadas como Columbia, Harvard e Yale também estão na lista. Os ativistas exigem que estas instituições desfaçam laços com o governo de Israel e com empresas que possam financiar de alguma forma a guerra.
Há relato de que mais de 500 pessoas foram levadas à delegacia somente no último dia (27), em declaração na semana passada Biden se manteve imparcial, repudiando os protestos antissemitas e também se mostrando preocupado com o que está acontecendo com os cidadãos palestinos em Gaza.
Na eleição em 2020, a maioria dos jovens universitários votaram em Joe Biden e apoiavam as pautas defendidas por ele, porém a insatisfação com o governo atual aumentou e muitos já não sabem se manterão seu voto no mesmo candidato, já que as eleições nos EUA não são obrigatórias.
Jovens universitários protestando (Foto: reprodução/Kent Nishimura/Getty Images Embed)
Os protestos pró-Palestina irão se intensificar?
Os primeiros protestos iniciaram em 17 de abril, data em que a reitora da universidade de Columbia prestou depoimento ao congresso americano. Ativistas ocuparam o campus e foram retirados à força pela polícia, tais prisões desencadearam mais protestos que se espalharam pelo país.
O histórico de manifestações americanas é que iniciam pequenas e vão tomando grande importância com o passar do tempo, porém, para se manterem engajadas dependem da pauta no movimento.
As manifestações podem se desmobilizar devido ao término do ano letivo nas universidades, onde muitos jovens retornam para suas cidades ou casas de familiares e as universidades ficam vazias.
Jovens universitários protestando (Foto: reprodução/ Kent Nishimura/Getty Images Embed)
O que defendem os presidenciáveis Biden e Trump?
O atual presidente dos EUA, Joe Biden apoia o revide de israelense em Gaza, logo após o atentado do Grupo Hamas em 2023, que matou e sequestrou centenas de cidadãos israelenses, já do lado palestino cerca de 34 mil pessoas perderam suas vidas.
Biden dialoga com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, para que diminua as atividades militares na região, porém os americanos liberaram uma ajuda de U$$ 133 bilhões para Israel em ajuda humanitária.
Segundo especialistas, o presidenciável não deve se pronunciar sobre os protestos até a oficialização de sua candidatura para concorrer à Casa Branca em agosto.
O ex-presidente Donald Trump aproveita a oportunidade da crise do governo atual, para apoiar incondicionalmente o Estado de Israel e abordar temas cruciais para o país como economia e apoios em guerras. Em 2020, Trump conseguiu uma grande conquista diplomática, intermediou a assinatura de um acordo entre Israel e dois países árabes (Bahrein e Emirados Árabes). Iniciava ali um possível processo de paz no Oriente Médio?
Por conta de vários processos na justiça, Donald Trump pode ter sua reputação desacreditada, o que pode interferir nas eleições que ocorrem em outubro.
Foto destaque: Acampamento em frente a universidade de Columbia em Nova York (Reprodução/Kyodo News/Getty Images Embed)