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Protestos contra a eleição de Nicolás Maduro deixam 12 mortos na Venezuela

Número de mortos nos protestos contra a reeleição venezuelana deixou 12 mortos de acordo com ONGs e a procuradoria geral

31 Jul 2024 - 19h10 | Atualizado em 31 Jul 2024 - 19h10
Protestos contra a eleição de Nicolás Maduro deixam 12 mortos na Venezuela  Lorena Bueri

Desde o resultado da eleição presidencial na Venezuela, que foi divulgado no último domingo (28/07), uma onda de protestos tomou conta do país.

A população organizou protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013. Essa nova eleição gerou um movimento da oposição para tirar o político do poder após anos de um governo autoritário. 

As manifestações, além de deixar mortos e feridos, resultaram em diversas prisões e se estenderam para a fronteira do país. A contagem atual aponta 12 mortos durantes os protestos e mais de 749 foram presos.


Resultado da eleição

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), informou que Nicolás venceu com 51% de votos contra o seu opositor, Edmundo Gonzalés Urrita.

A líder da oposição, María Corina Machado, informou que tem provas da vitória de Edmundo e diz ter cópias de 84% das atas da votação, comprovando a fraude.

O resultado foi divulgado com 80% dos votos apurados e as atas de votação não foram divulgadas pelo CNE.


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María Corina Machado e Edmundo Gonzalés em uma coletiva de imprensa após o resultados das eleições. Lula e Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/ Marcelo Perez Del Carpio/Getty Images Embed)


Reações

Protestos em outros países, como em Bueno Aires na Argentina e na Cidade do México, foram contra a reeleição de Maduro.

O Alto Comissário da ONU, Volker Turk demonstrou preocupação com a escalada da violência nos protestos, além de relatos de descumprimento com os direitos humanos após o resultado.

Muitos países se opuseram ao resultado, como os Estados Unidos, Brasil e o Peru. No Peru, os voos para a Venezuela foram suspensos em resposta ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países. Os voos ficarão suspensos até o dia 31 de agosto. Com a pressão internacional e da oposição, é esperado que seja realizada uma apuração transparente dos votos.

Em resposta aos protestos e as reações da oposição, Maduro responsabiliza Edmundo e María pela onda de violência no país e que não haverá perdão para os manifestantes presos.


Foto Destaque: Protestantes venezuelanos (Reprodução: Juan Carlos Hernandez/Getty Images Embed/Bloomberg)


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