No decorrer da semana passada, uma notícia com imagens gravadas dentro de uma escola particular na Zona Leste de São Paulo chocou a população. Nelas, continham cenas de crianças pequenas de até 2 anos e meio, amarradas com lençóis e chorando, presas em cadeirinhas no banheiro do local. Neste momento, a polícia investia o centro educacional por maus-tratos.
O Fantástico fez uma cobertura sobre o caso e divulgou novas informações sobre a denúncia que provocou grande movimentação e indignação nos pais dos alunos e nas redes sociais. “Foi uma facada no meu peito, foi uma dor que eu nunca tinha sentido na minha vida”, afirmou Luara Stramaro, mãe de uma das crianças que aparece no vídeo.
Posteriormente, Bruna Naviskas que também é mãe de uma das crianças filmadas, lamentou: “É um misto de raiva, tristeza, culpa. De como que meu filho passou por isso e eu não percebi”.
Roberta Rosi Serme, uma das donas da escola, confirmou à polícia que de fato os ambientes gravados no vídeo, fazem parte do prédio da escola. No dia 11 de março, ocorreu uma reunião e foi gravado um áudio por uma das mães, onde ela dizia: “Nós tivemos uma denúncia de maus-tratos, de não ter alimentação na escola e eu achei de um extremo absurdo quando eu soube do contexto. Essa pessoa fez esse tipo de denúncia completamente descabida”.
Imagens mostram crianças amarradas em banheiro da escola infantil Colmeia Mágica (Foto: Reprodução/Instagram)
Durante a entrevista, os repórteres do Fantástico conversaram com quatro mães presentes e elas confirmaram o conteúdo e a voz de Roberta, no entanto, mencionaram que durante a reunião a dona da escola se justificou, dizendo que uma professora que não estava satisfeita forjou a situação.
Até o momento, a escola permanece fechada por tempo indeterminado e a diretora não quis dar entrevista, no entanto, seu advogado conversou com a equipe e após ser questionado do motivo pelo qual a diretora não mostrou as fotos e vídeos para os pais: “Você concorda que é difícil? Eu dizer assim: ‘Vem cá que eu vou te mostrar uma coisa. Esse aqui é seu filho dentro da minha escola sendo torturado, amarrado e recebendo alimentação no banheiro’. É difícil, complicado”.
Antes de finalizar a entrevista, localizaram algumas professoras que prestaram depoimento, mas apenas uma aceitou falar, entretanto, não quis gravar entrevista, apenas enviou áudios com as informações do que ocorria no local.
“As crianças quando choram, a Roberta dá bronca na professora dizendo: ‘Por que a gente não tirou ela da sala e levou para o banheiro?’ Como de costume ela faz. Pega a criança ou o bebê e leva para o banheiro, fecha a porta e deixa a criança lá chorando”, informou.
Até o momento, o caso segue sendo apurado e não foram liberadas mais informações.
Foto Destaque: Pais protestam em frente a escola contra maus tratos. Reprodução/Instagram
