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Primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, pede perdão por reféns mortos em Gaza

Enfrentando crescente pressão interna e internacional, primeiro-ministro de Israel lamenta as mortes, enquanto a população pede por uma solução para o conflito com o Hamas

03 Set 2024 - 10h00 | Atualizado em 03 Set 2024 - 10h00
Primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, pede perdão por reféns mortos em Gaza Lorena Bueri

Nesta segunda-feira (2), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu perdão às famílias dos seis reféns israelenses encontrados mortos em Gaza. Em coletiva de imprensa, Netanyahu lamentou não ter conseguido trazer os reféns de volta com vida e reafirmou que o grupo Hamas "pagará um preço muito alto" pelas mortes. As declarações de Netanyahu vêm em um momento em que o governo está sob forte pressão, com diversos protestos ocorrendo por todo o país.

Pedido de perdão e ameaça ao Hamas

Netanyahu concedeu uma entrevista coletiva após o exército israelense localizar os corpos de seis reféns que estavam em poder do grupo Hamas e que foram encontrados já sem vida em um túnel na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, segundo informaram as Forças de Defesa de Israel. O primeiro-ministro demonstrou sua tristeza por não ter tido sucesso no resgate dos reféns: "Peço perdão por não tê-los trazido vivos. Estivemos perto, mas não conseguimos", disse Netanyahu, que afirmou que o Hamas "pagará um preço muito alto" por suas ações.


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Netanyahu, diante de um mapa da Faixa de Gaza, dizendo que Israel deve manter o controle sobre o "corredor de Filadélfia” (Foto: reprodução/Ohad Zwigenberg/POOL/AFP/Getty Images Embed)


Ainda distante de uma trégua, Netanyahu enfatizou a importância de manter o controle do Corredor Filadélfia, uma área na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. Segundo o premiê, este corredor é uma “tábua de salvação” para o Hamas, e por essa razão, manter as forças israelenses nesta região é vital para a segurança do país.

Crescimento da pressão interna e internacional

Além do conflito contra o grupo Hamas, o governo israelense enfrenta uma forte pressão internacional para prosseguir com um acordo de paz na região. Paralelamente, após a descoberta dos corpos dos reféns, uma onda de indignação e protestos ocorreu em várias cidades israelenses, com a população exigindo ações mais efetivas do governo para a libertação dos reféns restantes. 


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protesto contra Benjamin Netanyahu por não assinarem o cessar-fogo em Tel Aviv, Israel, 02/09/2024 (Foto: reprodução/ Mostafa Alkharouf /Anadolu/Getty Images Embed)


A confederação sindical Histadrut convocou uma greve, e as manifestações ganharam ainda mais força nas ruas. No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi questionado por um jornalista se Netanyahu estava se esforçando para avançar nas negociações dos conflitos, ao que o presidente americano respondeu que não.

A guerra na região completa 11 meses e teve início quando o grupo Hamas invadiu o território israelense, matou milhares de cidadãos e levou outras centenas como reféns. Mais de 40 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito. Ainda não há consenso para um cessar-fogo.

Foto destaque: Benjamin Netanyahu, na coletiva em Jerusalém em 02/09/2024 (Reprodução/Ohad Zwigenberg/POOL/AFP/Getty Images Embed)

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