Depois dos atos terroristas que ocorreram no último domingo (8), 673 homens e 493 mulheres foram presos em razão da invasão e do vandalismo de prédios do governo em Brasília. A maioria dos presos foi transferido para o Complexo da Papuda, uma das unidades do sistema penitenciário que apresenta superlotação.
Os eleitores de Bolsonaro presos cumprem atualmente prisão preventiva, as quais podem acabar sendo convertidas para prisões preventivas depois do prazo de dez dias. Cerca de 600 pessoas foram liberadas após serem ouvidas por questões humanitárias, como idosos e mães com filho pequenos.
Os homens que continuam presos em prisão preventiva foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória I e II, conhecido como CDP, um complexo em Papuda de segurança máxima, localizo na margem da rodovia que liga Brasília a Unaí.
Este complexo possui capacidade para 5,8 mil presos, mas que abriga atualmente cerca de 13,2 mil presos. Já o centro de detenção provisória para onde os presos estão sendo levados possui uma superlotação de 185%, com 3518 presos para uma capacidade de 1905.
Mulheres foram transferidas para a Penitenciaria Feminina do Distrito Federal. (Foto: Marcelo Ferreira/D. A. Press)
As mulheres se encontram em uma situação mais favorável para elas, as que continuam presas foram encaminhas para a Penitenciaria Feminina do Distrito Federal, conhecida como PFDF ou Colmeia, de segurança média. A qual possui 1028 vagas para 655 presas, onde sobra 373 vagas para outras detentas.
O problema de superlotação não se limita somente a capital do Brasil. Atualmente, o Brasil possui uma população carcerária de 815.165 presos, mas com um total de 634.469 de vagas nos presídios ao redor do país, o que equivale a uma superlotação de 128%.
O estado que possui maior índice de superlotação é o de São Paulo, com déficit de 57.500 vagas. Seguido pelo Rio de Janeiro, onde faltam 18.800 vagas para os presos e Pernambuco com déficit de 16.600 vagas para os presos.
Foto em destaque: Complexo Penitenciário da Papuda se encontra em estado de superlotação. Reprodução/twitter