O Presidente do Conselho de Ministros do Peru anunciou medidas de emergência nas províncias de Trujillo e Pataz devido à violência que está aumentando nessas áreas. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12), por Alberto Otálora. A declaração faz com que nestas províncias os comércios e algumas atividades sociais fiquem suspensas entre a meia-noite e às 4h, visando a segurança local.
Alberto Otálora em uma coletiva em fevereiro (foto/ reprodução/ X/ @pcmperu)
Enfrentando a crescente violência urbana
Alberto Otálora se pronunciou na rede social X, declarando que as forças de segurança estão enfrentando gangues organizadas que estão infringindo a paz local. Além disso, escreveu que as forças de segurança vão respeitar os direitos fundamentais, a fim de manter os habitantes mais tranquilos.
Medidas de segurança reforçadas
Otálora justificou a decisão em função do alarmante aumento da insegurança. Ele citou estatísticas preocupantes: em 2023, Trujillo registrou 30 mil crimes e 11 mil roubos, e este ano a média é de uma morte por dia na cidade. Quanto a Pataz, o presidente do Conselho de Ministros destacou que as gangues criminosas estão envolvidas em atividades como mineração ilegal, extorsão e exploração laboral e sexual.
Ampliação das medidas para outras regiões afetadas
Levando em consideração que a violência das gangues não se limita apenas a essas duas províncias, elas não são as únicas onde o governo do Peru declarou emergência devido à insegurança e à violência. Em setembro, a presidente do país Dina Boluarte anunciou esta mesma medida para dois distritos da capital peruana, San Juan de Lurigancho e San Martín de Porres, e para Talara, que fica em Piura.
A medida, embora drástica, reflete os esforços do governo peruano para conter a violência urbana e proteger seus cidadãos em meio a um cenário de crescente crime organizado e atividades criminosas. A eficácia dessas medidas, no entanto, dependerá da capacidade das autoridades de fazer cumprir as restrições e lidar com as raízes subjacentes da criminalidade nessas áreas afetadas.
Foto destaque: Alberto Otálora (reprodução/ X/ @pcmperu)