A tarde desta terça-feira (31), na Barra da Tijuca, foi repleta de confusão. Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu Dalmir Barbosa e Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, pai e filho, acusados de serem milicianos. Além disso, a PF também capturou três homens que, supostamente, eram policiais militares protegendo o filho.
O caso chama a atenção por Taillon ter sido alvo de um ataque cometido por traficantes que, por engano, acabaram atacando quatro médicos na orla da Barra.
Morte por engano
No início de outubro, quatro médicos foram baleados por engano pela milícia rival de Delmir e Taillon. Três deles foram assassinados, enquanto apenas um foi hospitalizado e sobreviveu. De acordo com as informações, eles não eram cariocas e estavam no Rio por conta de um congresso.
O engano aconteceu por conta da semelhança física entre o filho miliciano e uma das vítimas, Perseu Ribeiro Almeida. Porém, o erro foi percebido na hora pelos criminosos, já que nas imagens divulgadas pela câmera de segurança, observa-se que um dos atiradores volta ao local e encontra Perseu, baleado, no chão.
Segundo a investigação, após terem cometido tal erro, os principais suspeitos do crime foram mortos por sua própria facção horas depois. Os corpos de Philip Motta Pereira (conhecido como Lesk) e Ryan Nunes de Almeida foram encontrados em dois carros na Zona Oeste.
Semelhança física entre o miliciano Taillon (à esquerda) e o médico Perseu (à direita) (Foto: reprodução/G1)
Histórico de Taillon
Filho de chefe de milícia, Taillon tem longo histórico na PF. Preso em 2020 em uma operação militar feita pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime (Gaeco) e financiada pelo Ministério Público do Rio, ele foi condenado a 8 anos e 4 meses por participar de uma organização criminosa.
De acordo com sua sentença, “uma série de ‘Disque-Denúncias’ indicam que Taillon exerce proeminente função de comando na organização criminosa”.
Ele ficou preso até março deste ano. Após isso, Taillon foi condenado a prisão domiciliar e, em setembro, conseguiu que sua pena fosse cumprida em liberdade, ou seja, liberdade condicional.
Foto destaque: Taillon, miliciano, sentado na calçada (Reprodução/G1)