Polícia investiga participação de outras pessoas em atentado em Aracruz
Delegado de polícia, André Jareta, começa a ouvir pessoas próximas às vítimas e feridos de ataque a tiros em escolas. A investigação suspeita a participação de outras pessoas no atentado.

A Polícia Civil de Espírito Santo começou a ouvir nesta segunda-feira (28) os pais, familiares e os diretores das escolas que sofreram um atentado a tiros na última sexta-feira (25) em Aracruz.
Ao todo quatro pessoas morreram e três seguem internadas em estado grave. Uma professora de 38 anos ferida a tiros foi enterrada neste domingo (27), no cemitério da Serra, na Grande Vitória.
O criminoso que entrou nas duas escolas e executou o atentado a tiros tem 16 anos e é filho de um policial militar. “A polícia quer entender como o adolescente se relacionava com a família e com a comunidade escolar”, de acordo com apuração da Rádio BandNews FM.
MST ressalta ativismo de professora assassinada em atentado de Aracruz
Flávia Amboss Merçon Leonardo, quarta vítima fatal da ação criminosa de um adolescente no Espírito Santo, era militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
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— Revista Fórum (@revistaforum) November 27, 2022
Matéria sobre a professora morta em atentado (Post: Twitter/Revista Fórum)
Não é descartada a possibilidade de que o jovem tenha envolvimento ou que seja influenciado por grupos extremistas. A investigação policial irá se debruçar em torno desta questão. O adolescente pode ter recebido treinamento de técnicas militares e manuseamento de armas.
“O atirador segue internado em uma unidade socioeducativa da região metropolitana da Grande Vitória”, confirmou a matéria da Band.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o atirador planejou o ataque durante dois anos. Ele estudou até o meio do ano na escola estadual Primo Bitti, um dos próprios alvos dele no ataque. A Polícia Civil do Espírito Santo confirmou — após o adolescente ter confessado o crime — que ele retornou para casa da família e agiu naturalmente. Com a confissão ele refez o caminho com os agentes e apontou onde estavam as armas e a roupa que usava durante o atentado.
“O armamento era do pai, um policial militar. Segundo a polícia, uma delas, de registro pessoal, estava em uma caixa trancada com cadeado no quarto do casal, e a segunda, escondida em uma gaveta, coberta por roupas. A polícia apura como o adolescente teve acesso a elas”, apuraram as repórteres do G1 ES Viviane Lopes e Fabiana Oliveira.
Foto Destaque: O autor do atentado retornou para casa na manhã da última sexta-feira (25). Reprodução/Redes sociais