As fortes chuvas que culminaram na maior tragédia da cidade de Petrópolis, completa uma semana nesta terça-feira. As mortes chegaram a 182, segundo o boletim da Defesa Civil, divulgado ontem. O número é o maior desde a catástrofe de 1988, que culminou na morte de 171 pessoas. As buscas entram no 8º dia com a ajuda de bombeiros e voluntários, ainda há 89 desaparecidos.
Durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro junto de seus cinco ministros a Petrópolis, foi prometido a liberação de R$ 500 milhões para áreas afetadas pelo desastre natural na cidade. Porém, a Medida Provisória ainda não foi publicada.
O ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na mesma ocasião garantiu que a MP seria liberada até esta segunda-feira, prazo este que não foi cumprido. O texto já foi analisado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, mas ainda está esperando a sanção do Ministro da Economia.
De acordo com o canal de notícias CNN, o texto acabou “atrasando e culpam o que chamam de burocracia do Ministério da Economia”. De acordo com fontes ligadas ao Ministério, o texto está em estágio final de preparação com a equipe dirigida por Paulo Guedes. A pasta da economia não comentou sobre o assunto, assim como a pasta de Desenvolvimento Regional não se manifestou sobre o prazo da Medida Provisória.
Mercado em Petrópolis perdeu a maioria dos seus produtos com as chuvas. (Foto/ Reprodução/ Aline Massuca/ Portal Metrópoles)
A Polícia Civil, vem realizando mutirões para coletar DNA de parentes dos desaparecidos, desde segunda-feira (21). No processo, são convocados 20 famílias diariamente que registraram a ocorrência de familiares desaparecidos na região serrana.
O comércio da cidade também está passando por apuros depois do temporal e alguns comerciantes já falam que correm o risco de falir. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgou uma pesquisa na última sexta feira (18), e de acordo com os dados devido à catástrofe, cerca de 2% do Produto Interno Bruto da cidade foram perdidos e o prejuízo chega a R$ 665 milhões.
Foto Destaque: Deslizamento de terra no Morro da Oficina, em Petrópolis. Foto/ Reprodução/ Ricardo Moraes/ Agência Reuters