Presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontrarão nesta terça-feira (1º) em Caracas para realizar um almoço em que serão discutidas questões da relação bilateral entre os dois países, a reabertura das fronteiras e a reentrada da Venezuela no sistema interamericano de direitos humanos, de acordo com matéria publicada no site da CNN Brasil.
"A reunião faz parte da liderança do presidente Gustavo Petro para impulsionar a economia da região e socializar sua agenda em prol dos interesses do bloco latino-americano e da proteção da Amazônia, e como parte das reuniões preliminares da COP 27”, salientou a nota oficial.
A CNN noticiou que, em comunicado, a Presidência colombiana informou, nesta segunda-feira (31), que Petro viajará à capital venezuelana para realizar um almoço com seu homólogo.
No dia 25 de setembro as fronteiras de Colômbia e Venezuela foram reabertas. (Post: Reprodução/Instagram Gustavo Petro)
Petro, assumiu o cargo de primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia em agosto e restabeleceu as relações diplomáticas com a Venezuela, promovendo a reabertura da fronteira de 2.219 quilômetros com a retomada do comércio entre os dois países.
“Em suas conversas com o governo de Maduro, a Colômbia deve priorizar a obtenção de compromissos concretos das autoridades venezuelanas para respeitar os direitos humanos”, disse a carta da Human Rights Watch (HWR) direcionada a Petro.
“A Colômbia pode desempenhar um papel fundamental para ajudar a acabar com as violações de direitos humanos na Venezuela e na fronteira com a Colômbia, e restaurar os direitos políticos e o Estado de direito”, orientou a carta.
De acordo com outra matéria da CNN, a organização não governamental disse que o governo colombiano poderia ajudar a implementar as recomendações da missão de observação eleitoral da União Europeia antes das eleições marcadas para 2024.
Governos colombianos anteriores ao de Petro acusaram Maduro de abrigar criminosos e grupos rebeldes em território venezuelano. Essas acusações foram negadas por Maduro à época.
Foto Destaque: Ponte Internacional Simón Bolívar é um dos principais locais de tráfego de pedestres na fronteira dos dois países sul-americanos. Reprodução/DW.