O assunto sobre a divulgação de jogos de azar veio à tona mais uma vez nesta última segunda-feira (17), após a influenciadora digital, Larissa Rozendo Fonseca, de São José dos Campos, ser descoberta recebendo uma quantia volumosa em dinheiro por divulgar plataforma de jogos de azar em suas redes sociais com mais de 300 mil seguidores.
Ação que pode ser penalizada
Com a ação desta divulgação, influenciadores ou qualquer outra pessoa podem ser criminalizadas por tal ato. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil, os crimes apontados são: Crime contra relações de consumo e contra o consumidor, detenção de dois a cinco anos, ou multa; Crime contra a economia popular, detenção de seis meses a dois anos e multa; Propaganda enganosa, detenção de seis meses a dois anos e multa; Estelionato, reclusão de um a cinco anos e multa.
Segundo o advogado Gabriel Righeti, ao G1, esses jogos estão ligados a golpes, e, portanto, quem faz a divulgação está ofertando ou afirmando um ganho fácil de dinheiro em um tempo curto, mas com baixa chances.
Imagem do jogo Fortune Tiger (Foto: reprodução/PG Soft/Canaltech)
Divulgação dos jogos
Segundo o G1, um dos jogos que a influenciadora divulgava era o Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho”, onde dá espaço para o jogador fazer uma aposta e combinar três imagens iguais nas três fileiras que aparecem no jogo.
O jogo promete ganhos fabulosos e distribui algumas rodadas grátis, para que o jogador se sinta confiante e continue apostando até perder tudo.
Segundo o Deic, os influenciadores são pagos para realizar essa divulgação e podem receber esse dinheiro de várias formas, como contrato mensal ou anual, por cada cadastramento de participante ou na porcentagem de perdas dos jogadores.
Em dezembro do ano passado, o programa Fantástico, exibiu uma reportagem sobre influenciadores que estavam utilizando de suas redes sociais para divulgação deste tipo de esquema. Nomes como Viih Tube, Mel Maia, Juju Salimeni, Rico Melquiades, MC Kauan, Jhon Vlogs entre outros foram expostos na matéria.
No Brasil, jogos que dependem exclusivamente da sorte para ganhar ou perder, são considerados como jogos de azar pela Lei de Contravenções Penais.
Foto destaque: à esquerda, Larissa Rozendo; à direita, "jogo do tigrinho" no celular (Reprodução/Instagram/@larissarozendo/Alice Labate/Estadão/Montagem por André Pontes)