A polícia federal começou a perícia no celular do Tenente Coronel do Exército Mauro Cid, ex- assessor e secretário pessoal do ex-presidente Bolsonaro. A perícia revela conversas sobre remessas de dinheiro para o exterior. Os valores chamam atenção e os investigadores passaram a achar as movimentações suspeitas.
Na operação ocorrida em 3 de maio, Mauro Cid e algumas pessoas próximas de Bolsonaro foram presas em uma ação que busca identificar se houve fraude na carteira de vacinação contra a covid 19. O ex- presidente teve também seu celular apreendido.
Na perícia realizada foram identificadas trocas de mensagens com um suposto operador da conta que seria de Mauro Cid nos Estados Unidos. Os valores chamaram atenção dos investigadores.
Os agentes agora vão pedir a quebra do sigilo da conta que será feito por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).
Na operação que ocasionou na prisão de Mauro Cid, também foi achado na sua casa o equivalente à 175 mil reais e 16 mil em espécie em um cofre na casa do Tenente Coronel. Ele agora passa a ser investigado por lavagem de dinheiro.
Foto: (Reprodução Alan santos/Presidência/Flickr)
Mauro Cid está sendo investigado em quatro processos:
Fraude de cartão de vacina: Operação da PF que investiga uma suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro e seus familiares.
Caso das joias sauditas: Inquérito que apura a entrada de joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita à família Bolsonaro e a retenção pela polícia federal.
Milícias digitais: A investigação foi aberta em julho de 2022. No inquérito das milícias digitais, são investigados fatos como o recebimento de valores no exterior pelo site Terça Livre, do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, e possível lavagem de dinheiro.
Atos do dia 8 de janeiro: Foram uma série de ataques de vandalismo, invasões e depredações do patrimônio público. Mauro Cid é acusado de trocar mensagens que abordam as ações praticadas em janeiro.
O Tenente Coronel segue preso no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro.
Foto destaque: Mauro Cid. Reprodução/Redes Sociais