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Passista que teve braço amputado acredita ter sido vítima de negligência médica

Alessandra dos Santos Aguiar acredita que a amputação do braço esquerdo aconteceu por negligência médica do Hospital da Mulher Heloneida Studart, e não devido às complicações no pós-operatório da remoção dos miomas uterinos

25 Abr 2023 - 10h30 | Atualizado em 25 Abr 2023 - 10h30
Passista que teve braço amputado acredita ter sido vítima de negligência médica Lorena Bueri

A passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, Alessandra dos Santos Aguiar, que teve parte do braço esquerdo amputado após se internar para uma miomectomia – procedimento de retirada de miomas uterinos –, esteve nesta terça-feira (25) ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Desta vez, a ida à unidade de saúde foi para a remoção dos pontos da cirurgia do útero.  

Alessandra, de 35 anos, afirmou, em entrevista ao G1, acreditar ter sido vítima negligência médica por parte do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, local das intervenções cirurgicas no útero. Agora, sem poder trabalhar, a também trancista, cabeleireira e implantista pede que a justiça seja feita. Os medicamentos e sessões de fisioterapia são custeados por meio da ajuda financeira de amigos e familiares. 

A Secretária Estadual de Saúde e a Polícia Civil do Rio de Janeiro continuam a investigar o caso. Ontem, no primeiro depoimento prestado na 64ª Delegacia de Polícia (DP) de São João de Meriti, o cirurgião, Gustavo Machado, responsável pela primeira cirugia dela, a miomectomia, afirmou que não houve displicência hospitalar. 

A testemunha ainda explicou que em razão da hemorragia interna outra cirurgia teve que ser feita, o que culminou na histerectomia total – retirada do útero. E que, em seguida, com problemas vasculares, a paciente foi encaminhada a outro hospital, local em que ocorreu a amputação.  

Também ao G1, a polícia esclareceu que: “O prontuário médico será analisado e o IML nos dará uma resposta. Se houver negligência e imperícia será imputada uma responsabilidade penal ao responsável que iremos identificar. Vamos ouvir o responsável pelo CTI e o médico responsável pela retirada do membro." 

Na sexta-feira (28), o delegado títular da 64ª DP, Bruno Enrique Abreu informou que será colhido o depoimento do médico que amputou o membro.

Relembre a sequência de fatos do caso 


Alessandra dos Santos Aguiar em desfile com a Grande Rio em 2019 na Sapucaí. (Foto: Reprodução/Redes sociais)


No dia 2 de fevereiro deste ano, quase seis meses após apresentar dores abdominais e exames comprovarem a presença de miomas no útero, Alessandra teve que se submeter a cirurgia. A intervenção foi realizada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti. Horas depois, os médicos detectaram uma hemorragia interna. Os cirurgiões então optaram por realizar uma histerectomia total.  

Posteriormente, ao visitar a passista, familiares observaram que as pontas dos dedos da mão esquerda dela estavam escurecidas e, braços e pernas enfaixados. Ao serem questionados, os médicos deram a justificativa de que a paciente estava com “frio”.  

No dia 6, a passista, com o braço em estado inicial de necrose, é transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo, e a região é drenada. Mas, quatro dias depois, o Iecac comunicou que seria necessário realizar a amputação, pois não houve êxito na drenagem e a necrose poderia  se espalhar para outros locais. Informados de que a jovem estava em risco de morte, a família então autorizou o procedimento. 

O estado de saúde Alessandra apresentou complicações, ela entrou em coma e foi entubada. Apenas no dia 12 acontece a extubação. Os problemas perssistem e, pouco tempo depois, em uma consulta de revisão dos pontos de amabas as cirurgias, no Iecac, o médico observa que há problemas na cicatrização, e sugere que a paciente retorne ao Heloneida Studart.

Ao buscar atendimento médico em outras redes hospitalares, em 4 de março, é internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães. Pouco tempo depois é transferida ao Hospital Municipal Aguiar, local em que permaneceu por um mês.  O pós-operatório da trancista segue sob os cuidados da unidade de saúde.   

Foto de destaque: Alessandra dos Santos Aguiar ao lado da mãe em entrevista à Globo. (Reprodução/Globo)

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