A companhia aérea disse estar investigando os detalhes do caso, mas disse que a cliente não aceitou a colocação de sua bagagem "nos locais corretos e seguros para bagagem e não pôde continuar o voo por questões de segurança operacional".
Vídeos gravados por passageiros e publicados nas redes sociais mostram o momento em que Samantha Vietna foi abordada por agentes da Polícia Federal que dizem estar acompanhando a decisão do piloto.
Ela se defendeu dizendo que não poderia despachar a mala porque carregava um laptop e que não teve ajuda da tripulação. Com a ajuda de outros passageiros, ela disse que conseguiu encontrar um assento, mas ainda assim foi obrigada a deixar o avião.
"Se eu mandasse meu laptop, ele desmoronaria. Os comissários de bordo não levantaram um dedo para me ajudar", reclamou. O voo atrasou mais de uma hora e Samantha diz que os comissários começaram a culpá-la pelo atraso.
“Eles me falaram que se desembarcarmos em Guarulhos (por causa do atraso), a culpa seria minha. Estamos parados aqui há mais de uma hora desde que coloquei minha mochila aqui”, disse. “Agora vêm três homens para me tirar do avião sem dizer porquê.
Um homem então se aproxima dela para retirá-la do avião "por ordem do capitão" e os outros passageiros protestam. Alguns ameaçaram sair do avião com Samantha, que acabou saindo sozinha.
Mulher é retirada de voo na BA após recusar despacho de bagagem (Reprodução/Redes sociais)
“A tripulação ignorou completamente o desespero dessa mulher que foi obrigada a despachar a mochila com o computador”, escreveu a jornalista Elaine Hazin, que também estava no voo e registrou o momento.
Ele acusa a empresa de racismo. “Ela se defende mas não reage, algumas pessoas imploram para ela não ir (principalmente mulheres), estou desesperada, todo mundo está com muito medo, ela está com medo e os policiais estão ameaçando algemá-la. motivo do transporte. prisão, foi uma ordem do comandante."
“Conseguimos um lugar para a mochila de Samantha e o voo nem decolou”, disse. “Samantha era uma ameaça porque era mulher, era negra, tinha voz.
Em nota, a Gol disse que “uma grande quantidade de bagagem pôde ser acomodada a bordo e muitos clientes colaboraram no envio de volumes gratuitamente”.
A empresa diz ainda que, por questões de segurança, a acomodação de bagagens deve seguir regras e procedimentos estabelecidos sem exceção. “A empresa ressalta ainda que está constantemente buscando formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência para quem opta por voar com a Gol”.
O relatório ainda não conseguiu chegar a Samantha. Procurada, a Polícia Federal não respondeu a um pedido de esclarecimento até o momento da publicação.
Foto destaque: Aeroporto Santos Dumont (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)