Nesta quarta-feira (09), o papa Francisco falou em uma audiência na plenária da Pontifícia Academia sobre o uso da eutanásia. Segundo o papa, a morte não deve ser provocada ou ajudar no suicídio.
Para o líder da Igreja Católica, “a vida é um direito e a morte não deve ser administrada”, pois o fim da vida é um processo natural que precisa ser acompanhado, de acordo com ele.
Além disso, ele disse sobre a importância do acesso a tratamentos para as pessoas adoecidas. “Lembro que sempre deve ser privilegiado o direito ao tratamento para todos, para que os mais fracos, em particular os mais idosos e doentes, não sejam descartados”, declarou.
Para Francisco. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Durante seu discurso, o papa citou muito os idosos por serem o grupo mais vulnerável a esse tipo de procedimento, principalmente por conta da idade. Ele afirmou serem "vítimas da cultura do descarte", durante a sessão plenária da Pontifícia Academia para a Vida.
O pontífice também salientou como importante não aceitar profissionais e médicos que aceleram a morte, principalmente dos idosos. Além disso, o papa pediu que a sociedade não isole os de mais idade, nem acelerem a morte deles.
Ao falar sobre o assunto, ele ainda destacou a falta de medicamentos aos mais velhos e a solidão que enfrentam. “Cuidar de um idoso tem a mesma esperança que cuidar de uma criança, porque o início e o fim da vida é sempre um mistério, um mistério que deve ser respeitado, acompanhado e cuidado", finalizou.
Complementando sua fala, o líder também citou o aborto, alegando serem crianças que a sociedade não quer receber, chamando de "prática muito feia" e assassinato, e lamentou que, assim como os idosos, sejam tratadas como "materiais descartáveis".
Por fim, ao defender o acesso a saúde por meio de um sistema gratuito, o reverendo pediu que estudantes, universidades e hospitais católicos não sigam a prática, que chamou de "caminho do desperdício", ao criticar o ato.
Foto destaque: Papa Francisco em discurso. Reprodução/Guglielmo Mangiapane/Reuters