Nesta segunda-feira (4), um grupo composto por Estados membros da União Europeia (UE) e outros países, incluindo Canadá e Estados Unidos, solicitaram ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas (ONU) uma investigação internacional sobre a morte do líder opositor russo Alexei Navalny. O objetivo do pedido é que a Rússia autorize essa apuração.
A morte de Navalny, ocorrida em 16 de fevereiro, tem gerado indignação global. Os 43 países signatários expressaram preocupação com a falta de transparência e pediram uma investigação independente sobre as circunstâncias do óbito.
Pedido é por investigação internacional
Membros do bloco europeu, do Reino Unido, da Ucrânia, da Costa Rica, da Guatemala e da Austrália estão entre os países que condenaram a morte de Alexei Navalyn e apelaram ao fim do "clima de impunidade" na Rússia.
Lotte Knudsen, embaixadora da UE no CDH, enfatizou a necessidade de uma investigação transparente, afirmando que a morte de Alexei é "um sinal da repressão acelerada e sistemática" na Rússia. No comunicado feito por Lotte ao Conselho, ela lamenta "a mão pesada sistemática contra a sociedade civil" e a repressão contra a oposição política dentro e fora do território russo. "A Rússia deve permitir uma investigação internacional independente e transparente sobre as circunstâncias de sua morte súbita", disse a embaixadora nesta segunda-feira.
Alexei Navalny teria morrido de 'síndrome da morte súbita' (Foto: reprodução/O Globo/)
Quem era Alexei Navalyn
Há mais de uma década, Alexei era o principal rival de Vladimir Putin, presidente da Rússia há 23 anos, segundo a BBC. O Palácio do Kremlin negou qualquer envolvimento do Estado na morte do político, que também atuava como advogado. Ele foi enterrado na capital moscovita na sexta-feira (1).
Navalny morreu aos 47 anos numa colônia prisional do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos sob a acusação de "extremismo", em condições que ainda não foram esclarecidas. A Rússia diz que iniciou uma investigação processual sobre a morte.
Foto Destaque: político Alexei Navalyn (Reprodução / picture alliance / Aleksander Polyako)