Após uma coletiva, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, falou brevemente sobre o caso Marielle Franco, informando que a delação de Ronnie Lessa foi homologada e validada por Alexandre de Moraes. Depois de 6 anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o desfecho do caso pode estar próximo, pois na delação, Lessa revelou o nome da pessoa que mandou matar Marielle.
O processo segue em segredo de justiça, mas existem outros crimes no Rio de Janeiro, como jogo do bicho e milícias, que podem ser desvendados a partir da delação de Lessa. Investigadores e fontes do Supremo Tribunal Federal (STF) o consideram uma fonte valiosa de informações.
Foto: Delação de Ronnie Lessa é homologada (Foto:reprodução/Marcelo Theobald/Agência O Globo)
Delação premiada
A proposta inicial era que Élcio Queiroz, que dirigia o carro com Lessa no dia do assassinato, iniciasse a delação premiada em meados de 2023. Inclusive, ele entregou Ronnie Lessa como autor dos disparos. No entanto, inicialmente, Lessa não colaborou tanto com a delação, pois o objetivo era que ele fornecesse informações sobre 20 anos de crimes no Rio de Janeiro, em troca de benefícios como a possibilidade de uma nova identidade e moradia em outro país.
Ronnie Lessa acabou concordando, limitando-se ao caso Marielle. No entanto, a polícia poderá, em outro momento, tentar obter informações sobre as milícias no Rio de Janeiro, pois ele tem muito para dizer.
Atuação da PF e investigações
Quanto à atuação da PF e às investigações, a prioridade é avançar nessas informações antes das eleições de 2024, buscando que Lessa relate tudo o que sabe.
Os milicianos no Rio de Janeiro começaram a tentar dominar ainda mais a cidade à medida que a PF intensifica o cerco contra a criminalidade. Em comparação com São Paulo, o Rio de Janeiro registrou um aumento significativo nas mortes violentas nos últimos cinco anos, mesmo tendo uma população quase três vezes menor, conforme mostrado pelo monitor da violência.
Foto destaque: Delação de Ronnie Lessa sobre assassinato de Marielle ajudará a desvendar mais de 20 anos de crimes no RJ. (Reprodução/Divulgação/Polícia Federal/Gov.br)
Créditos: Karine Sousa