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Opositor de Maduro irá depor em investigação criminal por contagem paralela

O candidato oposicionista, Edmundo González, será questionado sobre os dados divulgados no site estopim sobre a legalidade das eleições venezuelanas

23 Ago 2024 - 19h47 | Atualizado em 23 Ago 2024 - 19h47
Opositor de Maduro irá depor em investigação criminal por contagem paralela Lorena Bueri

Um dia após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ratificar o resultado de Nicolás Maduro, como presidente eleito da Venezuela, o Ministério Público divulgou nesta sexta-feira (23), que González será convocado a depor na investigação criminal, sobre a página da internet que culminou em uma série de protestos. Segundo o MP, a página organizada pela oposição, que divulga uma contagem paralela feita com as atas do resultado das eleições, contém documentos "forjados ou falsificados".

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, que assim como o MP são aliados de Maduro, declarou que González deverá dar esclarecimentos sobre o conteúdo desse site. A decisão do TSJ também é questionada pela oposição. A batida de martelo foi dada após uma auditoria, não comprovada, das atas pela Corte, que estão proibidas de serem divulgadas. 

Edmundo González, logo após a decisão do TSJ, se pronunciou sobre o questionamento do veredito e reiterou o pedido de divulgação das atas. A Corte é considerada um braço do chavismo no judiciário.


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Tarek Saab (Foto: reprodução/Federico Parra/Getty Images)


Sentença do TSJ é contestada internacionalmente

A polêmica das eleições venezuelanas tomou proporções internacionais. O Tribunal Superior de Justiça (TJS), que deu a sentença, e o Conselho Nacional Eleitoral, responsável pela eleição, ambos são aliados de Maduro. Mais de dez países da América Latina, os Estados Unidos, a União Europeia e a OEA (Organização dos Estados Americanos) não reconhecem a vitória de Maduro. Brasil e Colômbia ainda não se pronunciaram.  

Os Estados Unidos, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai assinaram em conjunto o seguinte comunicado: "Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE (de que Maduro venceu as eleições), logo depois de que o acesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas (eleitorais, que contabiliza os votos) e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente".

Contagem paralela dos votos

O MP da Venezuela abriu a investigação criminal contra a oposição, com a alegação de que os dados divulgados foram baseados em documentos falsos, o que visa desqualificar o trabalho do Conselho Nacional Eleitoral. Após as eleições, a Venezuela vive uma série de protestos, desencadeando aproximadamente 2 mil detenções e ao menos 24 mortes. 

Já a oposição afirma que teve acesso às atas no dia do pleito, através de seus enviados aos locais de votação, e que no site tem 80% delas. O CNE ainda não divulgou as comprovações dos resultados do colégio eleitoral.

A agência de notícias Associated Press também divulgou uma contagem com base nas atas do site, onde apresenta a vitória de González por uma diferença de 500 mil votos.


Foto destaque: Edmundo González durante período eleitoral na Venezuela (Reprodução/Alfredo Lasry R/Getty Images embed)

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