Segundo dados divulgados recentemente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a jornada de trabalho média no Brasil é de 39 horas semanais, o que coloca o país em uma posição intermediária em relação ao cenário global. Embora a carga horária brasileira seja superior à de países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido, ela ainda é mais baixa do que a de várias nações em desenvolvimento, como Índia e México.
Brasil fica abaixo da média de países desenvolvidos
De acordo com um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que abrange 169 países, o Brasil apresenta uma carga horária semanal ligeiramente inferior à média global de 40 horas. No entanto, o país ainda possui jornadas de trabalho mais longas do que países desenvolvidos como Estados Unidos, França e Alemanha. Enquanto a média de horas trabalhadas no Brasil gira em torno de 39 horas semanais, alguns desses países desenvolvidos registram médias menores, o que reflete uma tendência crescente de busca por uma maior qualidade de vida e produtividade.
Por outro lado, o Brasil apresenta uma carga de trabalho mais curta em comparação com algumas economias emergentes, como China, México e Índia, cujos trabalhadores enfrentam jornadas semanais que frequentemente ultrapassam às 40 horas. Além disso, o Brasil supera a média de 37 horas semanais registrada pela Argentina, um reflexo das diferenças culturais e econômicas entre os países da América Latina.
Média de horas trabalhadas por semana de países do G20 (Foto: reprodução/GloboNews/OIT)
Impactos da jornada de trabalho na saúde e economia
Especialistas da OIT alertam que o número de horas trabalhadas tem um impacto direto na saúde dos trabalhadores, influenciando tanto o bem-estar físico quanto o mental. O desgaste causado por jornadas longas pode resultar em um aumento significativo no estresse, fadiga e doenças relacionadas ao trabalho, como problemas cardíacos e transtornos psicológicos. Além disso, a segurança no trabalho pode ser comprometida quando os funcionários estão excessivamente cansados, o que também pode refletir em um aumento de acidentes e lesões.
Philippe Marcadent, chefe do serviço INWORK da OIT, explica que jornadas excessivas não só afetam os trabalhadores, mas também têm repercussões econômicas. O impacto negativo na produtividade pode comprometer a competitividade das empresas, dificultando sua adaptação ao mercado global. Além disso, sistemas públicos, como saúde e transporte, também podem ser afetados, uma vez que trabalhadores exaustos apresentam uma capacidade reduzida de realizar tarefas com eficiência.
Foto destaque: carteira de trabalho brasileira (Reprodução/rafapress/Shutterstock)