Nesta quarta-feira (1), no 26º dia da guerra entre Israel e Hamas, cerca de 2,3 milhões de pessoas ficaram isoladas do mundo externo devido a um novo apagão nos serviços de telefonia e internet na Faixa de Gaza. A situação agrava a crise humanitária e impede o trabalho da imprensa. O conflito já resultou em 8.525 mortos e 21.543 feridos.
Segundo corte em menos de uma semana
Este é o segundo corte feito por Israel na Faixa de Gaza, que demonstra uma situação alarmante. Além das vidas perdidas e dos feridos, a população enfrenta um isolamento comunicacional devido ao corte de todos os serviços de comunicação e internet. Na última sexta-feira (27), em que a telefonia e a internet na Faixa de Gaza sofreram um apagão, foi o primeiro corte que durou dois dias.
Na manhã desta quarta-feira (1), o Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação da Palestina informou o retorno parcial dos serviços de internet e comunicações. "Apenas 15% na cidade de Gaza estão funcionando agora. Em relação ao norte da Faixa de Gaza, ainda está sofrendo uma interrupção total do serviço."
"A comunicação pode ser interrompida novamente em Gaza se o combustível não for fornecido imediatamente para o setor. Nossas equipes estão sofrendo bombardeios, e tivemos três mártires como resultado", informou em outra postagem o Ministério, que, após o primeiro corte, fez um apelo aos países árabes vizinhos.
A Jawwal, subsidiária do maior grupo de telecomunicações da Palestina, o Paltel, também informou apagão. (Foto: reprodução/X/@PaltelGroup)
Comunicação via satélite e eSIM são alternativas
Em meio ao corte, três alternativas podem ser utilizadas para manter a comunicação: telefonia via satélite, eSIM, ou SIM virtual, e roaming internacional. A ativação de estações de comunicação próximas às fronteiras de Gaza e o uso de redes egípcias também são algumas das opções em discussão, segundo o Ministério das Telecomunicações da Palestina.
No último sábado (28), após o primeiro apagão na região, o bilionário Elon Musk também anunciou que proveria internet via satélite através da Starlink à Faixa de Gaza e foi criticado pela iniciativa pelo ministro das comunicações israelense.
Foto destaque: rapaz palestino usa um celular na Faixa de Gaza. Reprodução/Ajyal Media Network