Em coletiva de imprensa, foi confirmado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira do dia 17 de março que haverá mudanças para o Enem, mas o Conselho Nacional de Educação (CNE) já tinham aprovado as alterações do exame em questão desde o dia 14 de março desta segunda-feira.
Com a entrada do novo ensino médio que vem sendo aplicado nas escolas privadas e públicas brasileiras desde o início de 2022, o candidato poderá ter a decisão de escolha de qual área de conhecimento será realizada no seu segundo dia de prova a partir do ano de 2024.
O ministro da Educação Milton Ribeiro fala sobre o assunto fortalecendo a ideia de que: “O novo Enem valorizará ainda mais a capacidade de reflexão e análise, além de contemplar a flexibilidade curricular, permitindo que as aptidões e as escolhas dos nossos jovens sejam consideradas.".
Com o foco voltado para as disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, as questões do primeiro dia do exame serão interdisciplinares e abordará uma formação mais geral básica da experiência do próprio aluno somado a entrega da redação.
Assim, no segundo dia, o aluno participante terá que responder perguntas da área de conhecimento escolhida. De forma que o MEC oferecerá para os candidatos cerca de quatro blocos de perguntas, porém ainda não se obteve informações sobre como e quantas questões a prova terá no total.
Coletiva de imprensa da pauta do novo Enem. (Foto: Reprodução/MEC/UOL Educação)
Seguindo a ideia do novo Enem, o candidato deverá escolher um bloco de perguntas que esteja relacionado ao itinerário formativo que estudou no ensino médio e que também possua ligação com o curso superior em que queira se formar.
Mauro Rabelo, secretário de Educação Básica declara que: "Quem vai definir [se serão perguntas abertas ou não] vai ser o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas".
Com tudo definido, o órgão responsável pela aplicação e elaboração do Enem precisa arquitetar as matrizes de referência necessárias, além planejar qual será o número exato de questões redigidas em cada prova, se serão discursivas ou assinaladas entre outros pontos importantes.
Se houver algum tipo de relação com o curso da graduação escolhido, os alunos que tiverem cursado o estudo técnico durante o decorrer do ensino médio talvez recebam uma bonificação, explica o secretário de Educação Básica.
Nos próximos dias, segundo o ministro da Educação, será divulgado um documento pelo MEC o qual tem o objetivo de ampliar o ensino técnico no Brasil.
"Cursos técnico e superior devem conversar, o conhecimento adquirido no ensino técnico não pode ser ignorado para acessar o ensino superior", advertiu. "Queremos dar oportunidades para que um técnico possa continuar os estudos em um curso de engenharia civil, por exemplo."
Portanto, após a reforma ser totalmente concluída nos três anos pertencentes ao ensino médio a carga horária de 2.400 subirá para 3 mil horas de carga horária. Dessa maneira, 1.800 horas serão destinadas à formação geral básica dos conteúdos obrigatórios, já as demais 1.200 horas conhecidas como “parte flexível”, onde os estudantes podem optar por escolher os seus itinerários formativos, áreas as quais possuem o intuito de maior aprofundamento de conhecimento.
Foto destaque: Novo Enem. Reprodução/Estratégias Vestibulares