Aconteceu ontem, sexta-feira (9), no Largo do Arouche, a sexta Marcha do Orgulho Trans da cidade de São Paulo, que teve início em 2018. O evento faz parte da programação do mês de junho, que destaca a luta da população LGBTQIA+.
A Marcha Trans é o maior evento de protagonismo e visibilidade de travestis, pessoas transgênero binárias e não binárias. O evento contou com a participação de vários influenciadores e artistas para encerrar a festa.
Foto: ( Reprodução/ Instagram/Marcha do Orgulho Trans )
Em entrevista para a Agência Brasil, Pri Bertucci, fundadora da Marcha Trans, ressaltou a importância do evento:
"A importância da marcha é colossal neste momento político do Brasil, com anos consecutivos de agressões sofridas pelas pessoas trans. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, e essas pessoas não têm acesso ao trabalho, à escola e estão excluídas da sociedade. Portanto, a marcha é um grito de 'olhem para a letra T da sigla LGBTQIA+'".
De acordo com a Associação Nacional dos Travestis e Transexuais (Antra), no ano passado, 131 pessoas trans foram assassinadas em todo o país. Entre os anos de 2017 e 2022, desde que o levantamento foi feito, 912 pessoas trans e não binárias foram mortas no Brasil.
O mês de junho representa o mês do orgulho desde o dia 28 de junho de 1969, quando ocorreu uma invasão e abordagem violenta no bar Stonewall Inn. Após esse episódio, vários membros da comunidade LGBT+ saíram às ruas como forma de protesto contra a repressão, e a partir de então o evento se espalhou pelo mundo, ganhando notoriedade e adeptos em todo o mundo.
Segundo o Jus Brasil, a transexualidade diz respeito à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada no nascimento, o que faz surgir o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.
Foto destaque: Rovena Rosa/ Agência Brasil