O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (19), que ordenou aos militares que aumentem a pressão contra o Hamas. A decisão veio após o grupo extremista militante palestino ter rejeitado, na semana passada, uma proposta israelense para uma nova trégua temporária. O grupo radical exige um acordo para pôr fim à guerra como condição para libertar os reféns.
Em um discurso televisionado, Netanyahu afirmou que, apesar do alto custo da guerra, Israel não tem alternativa a não ser continuar lutando por sua própria existência até alcançar a vitória. Mediadores egípcios vêm tentando restabelecer o cessar-fogo que foi encerrado por Israel no mês passado. A trégua mais recente possibilitou a libertação de 38 reféns. O Hamas declarou que só irá liberar os reféns restantes caso seja firmado um acordo que ponha fim à guerra.
Israel x Palestina
Desde o colapso do cessar-fogo, Israel tem realizado intensos bombardeios sobre Gaza. Segundo autoridades de saúde palestinas, os ataques das forças israelenses se intensificaram por toda a Faixa de Gaza. Somente neste sábado (19), ao menos 50 palestinos morreram, elevando para 92 o total de vítimas fatais nas últimas 48 horas.
Famine is spreading in Gaza.
Gaza doesn’t have enough food for the children, while the world full of food is watching and doing nothing. pic.twitter.com/ME0Sh5GaFS
Crianças palestinas (Video:Reprodução/X/@mhdksafa)
Estima-se que 59 reféns ainda permaneçam em cativeiro em Gaza, sendo que menos da metade deles estão vivos. Desde o reinício dos ataques, Israel conseguiu tomar áreas da Faixa de Gaza e ordenou a evacuação de centenas de milhares de palestinos.
Moradores temem que isso seja um movimento para despovoar permanentemente partes da região. O Ministério da Saúde de Gaza informou que 1.600 pessoas foram mortas no último mês.
Retaliação internacional
As Maldivas proibiram, no dia 16 de abril, a entrada de portadores de passaporte israelense em seu território, conforme informado pelo gabinete do presidente. O país acusou Israel de cometer genocídio contra palestinos na guerra de Gaza, uma alegação que tem sido repetidamente negada por Israel.
Maldivas acaba de PROIBIR a entrada de viajantes israelenses no país.
— poponze (@poponze) April 16, 2025
Em um pronunciamento oficial, o governo declarou que a medida reflete sua "posição firme contra as atrocidades e os atos contínuos de genocídio cometidos por Israel contra os palestinos". pic.twitter.com/4vhmnTBfZo
Maldivas proibe entrada de israelenses (Foto: reprodução/X/@poponze)
Mohamed Muizz, presidente das Maldivas, ratificou, segundo um comunicado de seu gabinete, uma emenda à lei de imigração do país após sua aprovação pelo parlamento na terça-feira (15).
Israel tem constantemente refutado as acusações de genocídio, assegurando que respeita as normas do direito internacional e que possui o direito de se proteger após o ataque transfronteiriço do Hamas, realizado em 7 de outubro de 2023, a partir de Gaza, o qual deu início à guerra.
Foto destaque: Benjamin Natenyahu (Reprodução/X/@turkishposttr)