O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o Hamas a aceitar um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza antes do início do ramadã, em uma reunião realizada nesta terça-feira (05). O apelo ocorre em meio a negociações em curso sobre um possível entendimento que incluiria uma pausa nos combates e a libertação de reféns.
Biden, em declaração à imprensa antes de retornar à Casa Branca, afirmou que "a decisão está nas mãos do Hamas neste momento" e ressaltou a importância de alcançar um cessar-fogo em Gaza antes do início do período de jejum muçulmano.
Negociações em andamento no Cairo
Mediadores internacionais e representantes do Hamas se reuniram no Cairo hoje para discutir uma trégua de seis semanas, a troca de dezenas de reféns por prisioneiros palestinos e o fornecimento de ajuda humanitária para Gaza.
Embora o presidente dos EUA tenha destacado a cooperação israelense e considerado a oferta de cessar-fogo como razoável, ele ressaltou a necessidade urgente de uma pausa nos combates. Biden alertou para os perigos que a continuidade dos confrontos poderia trazer para Israel e Jerusalém durante o mês do ramadã, que está programado para começar entre 10 e 11 de março, de acordo com o calendário lunar.
Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Reuters)
Apelo por uma solução diplomática
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também solicitou o grupo islâmico a aceitar um cessar-fogo imediato com Israel, afirmando que "cabe ao Hamas decidir se está preparado para se comprometer com o fim das hostilidades".
No entanto, o Hamas impôs várias condições antes de considerar qualquer acordo, incluindo a retirada das forças de ocupação israelenses e a reconstrução de Gaza.
Enquanto isso, os confrontos continuam, com relatos de ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza e um aumento das necessidades humanitárias na região. A ONU fez um apelo urgente para aumentar a ajuda humanitária e salvar vidas diante da crescente crise humanitária.
Foto destaque: Joe Biden, à esquerda e Grupo Hamas, à direita (Reprodução/New York Post/Reuters/Montagem por Karen Alves)