Na última terça-feira (22), o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, que foi acusado de lavagem de dinheiro e é popularmente conhecido como Nego Di, teve outro pedido de liberdade negado pela pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet da 2ª Vara Criminal de Canoas, localizada em Porto Alegre. Segundo a juíza, todos os indícios que foram apresentados como sendo de autoria e materialidade da participação do acusado, seguem inalterados, o que impede a revogação da prisão.
Nego Di era bastante ativo em suas redes sociais e contava com milhares de seguidores que eram influenciados por ele. De forte opinião, não tinha "papas na língua" e falava abertamente sobre diversos assuntos da atualidade, inclusive sobre outras celebridades. Ele também era conhecido por propagar fake news em seus perfis nas redes sociais, como sobre as enchentes que atingiram Rio Grande do Sul neste ano, onde alegou que as autoridades estariam impedindo o uso de barcos e jet skis de propriedade privada nos resgates na região de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por falta de habilitação dos condutores.
Nego Di no BBB21 (Foto: reprodução/Globo)
Nego Di e sua influência
O ex-bbb é naturalmente gaúcho de Porto Alegre, e ficou mais conhecido por seu apelido Nego Di. O também comediante, entrou para o reality show Big Brother Brasil em 2021 pelo time do camarote, mas após 22 dias confinado com os demais participantes, foi o terceiro eliminado do programa, com 98,76% dos votos.
Após sua participação no reality, começou a promover diversas rifas em redes sociais, sempre divulgando que segundo regulamento, quem comprasse mais números da rifa arrematava o prêmio. Essa inverdade entrou na investigação do Ministério Público (MP) e motivou a operação contra ele.
Sobre a investigação
Nego Di está preso desde julho de 2024 e foi alvo de investigação devido a sua sociedade com Anderson Noneti, ambos são acusados de envolvimento em projeto de produtos on-line que nunca foram entregues aos compradores. Segundo investigação, mais de 370 pessoas foram lesadas com vendas pelo site Tadizuera, entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
Segundo a Polícia Civil, os clientes compraram produtos de todos os tipos como televisores, celulares e eletrodomésticos, tudo na página virtual que era divulgada pelo artista, mas embora os pagamentos fossem efetuados, os compradores nunca teriam recebido os itens e nem a devolução do dinheiro. A conta bancaria de Nego Di acumulou um montante que ultrapassa a R$ 5 milhões.
Foto destaque: Nego Di (Reprodução/Instagram/@redex)