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Nego Di é transferido para penitenciária do RS por estelionato

O esquema causou prejuízo de R$ 5 milhões de reais para 370 vítimas que caíram no golpe do influenciador; Outro suspeito do crime ainda está foragido

15 Jul 2024 - 09h23 | Atualizado em 15 Jul 2024 - 09h23
Nego Di é transferido para penitenciária do RS por estelionato  Lorena Bueri

Após ser preso pela mão, em Santa Catarina, o influenciador e ex-BBB Nego Di foi transferido para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde ocorre o processo de estelionato. O influenciador se encontra na Penitenciária Estadual de Canoas durante a noite deste domingo (14).

Conforme seu advogado à CNN, Nego Di estava na sede da Polícia Civil de Porto Alegre e seria transferido até a prisão de Canoas. A distância do Palácio da Polícia até o local demora aproximadamente 26 km.

Além do Nego Di, que já foi preso, a polícia procura também o seu sócio, Anderson Bonetto, que foi acusado de estelionato e está foragido. De acordo com a polícia, o esquema do Nego Di causou prejuízo de R$ 5 milhões de reais para 370 vítimas.

Produtos comprados e nunca entregues 

O esquema do influenciador funcionava da seguinte forma: vendia produtos de celulares e aparelhos celulares com preço fora do comum, porém, Nego Di não os entregava, segundo as investigações.


Incorporar do Getty Imagens

Os produtos em questão são ares-condicionados, celulares e TVs. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Penpak Ngamsathain)


Nas redes sociais, ele sempre se contradiz para falar dos produtos. Em um vídeo, Nego Di afirma que foi contratado para divulgar os produtos, inclusive quem o contratou foi Anderson Bonetto. Em outra aparição, ele garantia a entrega do produto aos clientes e declarava ser dono dos produtos.

A CNN falou com vítimas do golpe, e uma delas afirma que sofreu prejuízo de R$ 30 mil reais ao comprar dois celulares e um ar-condicionado. Ela disse que, em 2022, vendeu os aparelhos abaixo do preço e os entregou.

Segundo a vítima, ele disse que iria criar uma loja virtual para que todos pudessem ter acesso aos seus produtos. No entanto, o prazo de entrega seria de 50 dias. Conforme as investigações, a polícia acredita que o prazo de entrega foi longo para que o Nego Di pudesse trazer mais clientes para enganá-los durante a espera do seu produto chegar. Nesse período, ele conseguiu mais de R$ 300 mil reais.

Defesa de Nego Di

Quando procurado pela CNN, o advogado de Nego Di afirma que entrará com pedido de habeas corpus. Para sua defesa, o influenciador tem endereço fixo, por ser réu primário e por colaborar com a investigação em andamento. Contudo, conforme o advogado, a denúncia partiu do MPRS, e Nego Di ainda não foi citado como réu pelo crime.

Foto Destaque: Nego Di (Foto: reprodução/X/Negodioficial)


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