Navio Mercante SS Mesaba, conhecido por tentar avisar o Titanic do iceberg em 1912, e outras 272 embarcações foram descobertas no Mar da Irlanda. A demora ocorreu por terem mais embarcações afundadas juntas e pelo uso de uma tecnologia nova que auxiliou os cientistas.
Foi encontrado destroços da embarcação SS Mesaba, o navio que tentou avisar o RMS Titanic sobre a presença de um iceberg em seu caminho. Uma equipe de cientistas liderada pela Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, descobriu por um sonar multifeixe, após mais de um século após seu naufrágio.
A descoberta deste e de mais 272 embarcações naufragados no Mar da Irlanda foi relatada pela Dra. Innes McCartney, arqueóloga marinha. O relato foi feito no livro “Echoes from the Deep”, em português “Ecos das profundezas”, publicado na terça-feira (27).
A revelação dos navios aconteceu graças ao Prince Madog, um sonar multifeixe de ultima geração usado pelos cientistas. A ferramenta permitiu mapear mais de 19 quilômetros quadrados nas profundezas da costa irlandesa. “Anteriormente, podíamos mergulhar em alguns locais por ano para identificar visualmente os destroços. As capacidades únicas de sonar do Prince Madog nos permitiram desenvolver um meio de custo relativamente baixo para examinar os destroços.”, afirmou McCartney à imprensa.
Na imagem, o navio mercante SS Mesaba, que mesmo após a tragédia do Titanic, continuou em ativa até 1918. (Foto:Reprodução/State Library of Queensland)
Em abril de 1912, o navio mercante SS Mesaba, cruzava o Atlântico junto com o Titanic, quando Meseba se deparou com o iceberg, que logo depois seria o motivo de uma tragédia. A tripulação enviou um aviso sobre o obstáculo, que foi recebido pelo Titanic, mas a mensagem não chegou à ponte de comando. Mais tarde, o navio colidiu com o iceberg e afundou, cerca de 1.500 pessoas, entre eles passageiros e tripulantes morreram.
Mesmo depois da tragédia, o SS Mesaba continuou em atividade como navio mercante por mais seis anos, até ser afundado por um submarino alemão no fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918. Ao menos 20 tripulantes morreram.
Foto Destaque: Reprodução/Divulgação/Universidade de Bangor