A utilização de energias renováveis, é um dos caminhos mais práticos para se combater os efeitos devastadores causados pelo aquecimento global. No último mês de setembro aconteceu um marco sustentável dentro da indústria marítima, após um navio híbrido movido tanto a energia eólica e combustíveis fósseis completar sua viagem inaugural, que tinha o Brasil como destino final.
A primeira viagem do navio híbrido, o Pyxis Ocean, tinha o Brasil como destino final, a jornada da embarcação durou ao todo 35 dias. O navio atracou no Porto de Paranaguá, no domingo (24). Além de usar combustível, a embarcação também utilizou ventos na sua navegação. Ele é propriedade da empresa Mitsubishi Corporation, mas está à serviço da Cargill.
Tecnologia da embarcação
O Pyxis Ocean tem velas modernas, estruturas feitas com fibras de vidro - cada uma delas pesa cerca de 200 toneladas e tem 37 metros de altura. As suas velas, que também são chamadas de WindWings, foram desenvolvidas pela empresa BAR Technologies, em parceria com Yara Marine Technologies e a Mitsubishi e com apoio da União Europeia. Elas eram controladas por um computador que calculava a direção e a velocidade do vento e ajustava a posição das velas a cada 15 minutos.
Navio Pyxis Ocean. (Foto:reprodução/Claudio Neves/Portos Paraná)
Marco da viagem
A viagem inaugural da embarcação registrou uma redução de 10% no consumo de combustível. Para viagens futuras, a meta da empresa é reduzir em pelo menos 30% a geração de (CO2). A indústria marítima responde por cerca de 3% das emissões de gases no mundo (cerca de 837 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano).
Os combustíveis fósseis ainda são as maiores fontes de produções do mundo. Apenas 15% da energia global vêm de fontes de energias renováveis. No caso do Brasil, quase metade da energia do país é proveniente de fontes sustentáveis. Porém o petróleo ainda continua sendo a principal fonte de energia do país e representa, sozinho, mais 35% da matriz energética brasileira.
Foto destaque: Navio Pyxis Ocean atracado no porto de Paranaguá. Foto:reprodução/Claudio Neves/Portos Paraná