Um lago que recebe o nome de Burlinskoe, localizado na Sibéria, fica cor-de-rosa ou até na tonalidade vermelha. O fenômeno ocorre uma vez ao ano, mais comumente no mês de agosto, no período de verão do Hemisfério Norte. O acontecimento inusitado ocorre devido a presença de um crustáceo minúsculo de 11 patas, chamado pela Biologia de Artemia salina das microalgas do gênero Dunaliella salina.
As microalgas do gênero Dunaliella sanila são usadas como uma fonte de alimento na aquicultura e fonte de betacaroteno e glicerol. Esses organismos microscópicos são conhecidos por suas características em sua grande maioria: autotróficos, unicelulares solitárias ou coloniais. O betacaroteno geralmente é encontrado em cerca de 1%, porém, este pode também estar acumulado em até 10%.
Lago Burlinskoe com sua água cor-de-rosa (Foto: Reprodução/Instagram)
Esses seres estão distribuídos mundialmente, estando presentes em diversas condições, podem estar presentes em lagos salinos adjacentes a desertos ou nos mares do Ártico e Antártico.
Cientificamente os registros referente à espécie Dunaliella salina datam de 150 anos, período em que Dunal (importante engenheiro francês) se interessou pela cor avermelhada dos cristalizadores de sal presente nas salinas do Mediterrâneo, a qual ele tinha conhecimento. Naquele período, o engenheiro percebeu que a cor vermelha presente nas águas estava presente em locais onde não havia Artêmia, imaginando que a cor avermelhada era de sua responsabilidade.
Não é só isso que o Burlinskoe tem de inusitado: ainda há mais uma curiosidade envolvendo o Bursol (nome pelo qual ele é chamado informalmente pela população). Burlinskoe também é conhecido pela sua grande quantidade de sal, a concentração desse mineral supera a do Mar Morto, localizado em Israel. Ele possui cerca de 200g por litro, uma quantidade que impossibilita qualquer pessoa a afundar em suas águas. Sua profundidade média é de 1m, já a sua máxima corresponde à 2,5m.
Foto Destaque: Cenário quase inacreditável, trem passa pelo lindo lago cor-de-rosa na Sibéria. Reprodução/Twitter