Os ministérios da Saúde e das Políticas Agrícolas e Florestais (Mipaaf) da Itália divulgaram, nesta quarta-feira (19), novas medidas que serão tomadas visando a conter o surto de Peste Suína Africana (PSA) que afeta as regiões de Piemonte e Ligúria. O que é o segundo documento publicado sobre o caso em menos de duas semanas.
O presidente da Coldiretti, principal confederação de agricultores italianos, Roberto Moncalvo, afirmou que são cerca de 50 mil javalis que devem ser abatidos por conta da PSA.
“São necessárias ações corajosas que envolvam todos os sujeitos interessados nos territórios, sejam caçadores ou criadores habilitados. Também é indispensável que haja um controle sanitário de todos os animais abatidos”, declarou Roberto Moncalvo.
Itália toma novas medidas para conter surto de peste suína africana. (Foto: Reprodução/II Sole 24 ORE)
Além do abatimento imediato dos animais contaminados, as novas medidas incluem o impedimento de repovoamento da espécie por seis meses nas áreas atingidas (que incluem 78 cidades no Piemonte e 36 na Ligúria) e a proibição à manipulação de carnes frescas e subprodutos que venham de fora das chamadas “zonas vermelhas”.
Tais providências somam-se às diligências anteriores, publicadas em 13 de janeiro, – a proibição das atividades de caça de animais e de cogumelos e trufas, trekking e mountain bike por seis meses nas regiões afetadas.
A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) explica que a peste suína africana é uma doença viral que afeta javalis de qualquer idade e suínos doméstico que fazem o cruzamento com essa espécie, e que tem um alto impacto social, econômico e ambiental, devido à elevada mortalidade dos suídeos e aos bloqueios no comércio.
Apesar dos problemas para os animais, a doença não afeta os seres humanos. Por não existir vacinas ou tratamento para os animais, o abatimento é considerado a única forma de evitar a disseminação da PSA.
Foto destaque: Imagem ilustrativa de um Javali. Reprodução/Paul Henri/Pixabay