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Mortes causadas por suposta overdose de K9 são investigadas em MG

Mortes recentes de detentos nos presídios de Minas Gerais estão sob investigação. Principal causa suspeita em ambos os casos são: overdose por K9.

13 Abr 2024 - 09h22 | Atualizado em 13 Abr 2024 - 09h22
Mortes causadas por suposta overdose de K9 são investigadas em MG Lorena Bueri

Nos últimos dez dias, sete detentos morreram nos presídios de Minas Gerais. Os óbitos ocorreram em dois presídios localizados em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Informações preliminares do governo no estado, apontam para uma causa em comum para as mortes - overdose por drogas K. 

Paralelamente, a Polícia Penal de Minas Gerais realizou a apreensão de 19 mil micropontos de drogas com pessoas que buscavam entrar nos presídios com a substância. O material retido na entrada do presídio, é encaminhado para o laboratório da Polícia Civil. Os dados são referentes ao período de janeiro de 2023 até hoje. 

Os efeitos das drogas K

As drogas K são substâncias sintéticas (conhecidas como canabinoide sintético ou maconha sintética), com as seguintes denominações K2, K4 e K9. Vale ressaltar que já foram identificadas mais de 300 variedades dessa substância. A produção é feita em laboratório e tem alto risco de danos aos usuários.

Dentre os efeitos causados ​​pelo consumo das drogas estão: alucinações, convulsões, paradas cardíacas e taquicardia (junto a uma sensação de infarto). 

Em comparação com a maconha, o efeito devastador tem um tempo menor e o pico é alcançado em 5 minutos, aumentando o risco de dependência. 


Usuário de drogas (Reprodução/ Getty Imagens/ Witthaya Prasongsin)


Inibição na entrada do presídio 

Em nota, o Sindicato da Polícia Penal de Minas Gerais, afirmou que falta estrutura para impedir a entrada de drogas nos presídios. A identificação é realizada através do trabalho de inteligência da Polícia Penal e por vezes, através do trabalho de monitoramento. Entretanto, faltam tecnologias avançadas que impeçam a entrada de drogas por meio de visitantes e presos que alimentem adentrar os presídios com a substância, explicou Luiz Gelada, presidente do Sindicato da Polícia Penal de Minas Gerais.

Em contra partida, o secretário de estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, negou a falta de equipamentos para impedir a entrada de drogas nos presídios. Rogério Greco, afirmou que tem feito investimentos e admitiu que muito material passou despercebido graças à forma como é camuflado, dificultando a identificação.

Foto destaque: K9 (Reprodução/ Internacional Police Association)

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