Nesta quarta-feira (31) o chefe do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã. A informação foi confirmada pelo próprio Hamas e pela Guarda Revolucionária do Irã. Confira as repercussões da morte:
Quem foi Ismail Haniyeh?
Ismail Haniyeh tinha 62 anos e era um diplomata internacional do grupo terrorista Hamas, ele era visto como um dos membros mais radicais do grupo. O chefe político do grupo foi morto nessa madrugada, aproximadamente as 2h da manhã do horário local, depois de um bombardeio aéreo. A mídia iraniana ainda não lançou mais informações até o momento.
A trajetória política do líder se iniciou em 1980, quando se juntou ao Hamas, durante a Primeira Intifada, também chamada de guerra das pedras, que foi uma das primeiras manifestações da população palestina contra a ocupação israelense.
Ismail Haniyeh (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)
A partir disso, Haniyeh foi adquirindo mais poder e subiu na hierarquia, nomeado como líder coletivo em 2004 e, em seguida, como primeiro-ministro da Autoridade Palestina em 2006.
Haniyeh estava sob o cargo mais alto do Hamas desde 2017, e durante sua ocupação transitou muitas vezes entre a Turquia e Doha, capital do Catar, para fugir do bloqueio de Gaza para atuar como porta-voz nas decisões do Hamas com o Irã, principalmente sobre os acordos dos reféns capturados pelo grupo extremista. O chefe também foi muito importante nas negociações de cessar-fogo da guerra em Gaza.
Repercursão da morte
Líderes de vários países se manifestaram acerca do assassinato do líder como Hussein al-Sheikh, chefe de assuntos civis da Autoridade Palestina, que condenou a morte de Ismail Haniyeh: “Consideramos que é um ato covarde". O Irã por sua vez, foi mais duro na reação, e segundo o líder supremo do Irã Ali Khamenei a morte do líder será vingada: "É dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh porque ele foi martirizado em nosso solo".
Rússia também se manifestou atravez do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia à agência de notícias estatal RIA que classificou o assasinato como uma atitude inaceitável. A Turquia lançou nota dizendo que o "Ataque mostra que o governo de Netanyahu não tem intenção de alcançar a paz".
No Catar, o Ministério das Relações Exteriores teme as consequências que a morte do líder do Hamas pode trazer, e considera que "Foi uma escalada perigosa".
Os Estados Unidos também se manifestou através do seu secretário de defesa, Lloyd Austin, dizendo que se comprometerá a trabalhar para abaixar a temperatura do oriente médio.
Foto destaque: Ismail Haniyeh (Reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)