O lago Guaíba, que subiu o nível durante as tempestades que assolaram o Rio Grande do Sul ao ponto de transbordar e alagou o município de Porto Alegre, recuou e, com isso, as vítimas dos estragos ocasionados pelo alagamento da região metropolitana, estão voltando às suas casas para analisar quais bens ainda permanecem intactos e quais foram destruídos.
O número de pessoas que faleceram em decorrência dos desastres ambientais já atingiu a marca de 154 mortos entre o final de abril e as primeiras semanas de maio. A Defesa Civil afirma que 104 pessoas constam como desaparecidas. Mais de 600 mil pessoas continuam desabrigadas, das quais 77 mil permanecem em abrigos e 540 mil estão em casas de parentes ou amigos.
No bairro Menino de Deus, na rua Antenor Lemos, a água chegou na faixa de 2 metros e foi inundada logo após a decisão da prefeitura em optar pelo desligamento de casas de bombas pelo risco de choque.
Entulho
O entulho encontrado na rua em frente às residências foi documentado e mostrado pelo trabalho jornalístico da RBS TV. Materiais como camas, armários e eletrodomésticos que se encontravam dentro das casas, foram descartados por conta de terem ficado inutilizados em decorrência da quantidade de tempo que passaram dentro da água.
Limpeza por equipe de garis na rua Osvaldo Cruz, um dos trechos em que a água recuou (Foto: reprodução\Julio Ferreira\PMPA)
Um dos moradores do lugar comenta: "Daqui para frente, não tinha nada. Subiu quase 2 metros. Vai ser tudo tirado para fora, (vai ser) limpado, higienizado. Mas não sobrou nada". Outros bairros invadidos pela água estão iguais ao de Menino de Deus, com esgoto, animais mortos e muita lama.
O nível da água
O nível do lago Guaíba permanece diminuindo. A ANA(Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), mediu o nível da água no cais Mauá, e constava que o Guaíba estava a menos de 5 metros nesta sexta.
O lago chegou a atingir a faixa de 5,25 metros na terça, dia 14, e só baixou para menos de 5 metros nesta quinta (16).
Foto destaque: Centro Histórico de Porto Alegre alagado (Reprodução/Gustavo Garbino/PMPA)