A SpaceX, empresa do bilionário sul-africano Elon Musk, está preparando um lançamento inédito e arriscado. A missão, denominada “Polaris Dawn”, promete lançar quatro civis (dois homens e duas mulheres), não astronautas, aos cintos de radiação da Terra. O lançamento deverá ocorrer as 04:30 do dia 26 de agosto.
Quem são os civis
O comandante é Jared “Rook” Isaacman, que, em 2021, comandou a missão Inspiration4. É renomado na área da aviação, pilotando aeronaves comerciais e militares. O piloto da tripulação será seu amigo e parceiro de negócios Scott “Kidd” Poteet. Ele, inclusive, disputou quatro campeonatos mundiais de Ironmen, evento anual de triatlo que ocorre no Havaí. Sarah Gillis e Anna Menon, engenheiras da SpaceX, também estarão a bordo, com a missão de cuidar da parte médica.
Tripulantes da Polaris Dawn (Foto: reprodução/O Globo)
Objetivos
O objetivo da empresa é alcançar a órbita mais alta por uma missão tripulada, podendo alcançar até os 1.400 km – deixando de fora, obviamente, as missões Apollo para a Lua. Com isso, a missão será um “teste”, observando os efeitos que o corpo do ser humano sentirá ao atingir uma altura extrema.
Outro objetivo da missão será testar a conexão de internet no espaço, por meio de raios laser. Em 2022, a NASA já havia feito alguns testes do mesmo tipo. Isso ajudaria a desenvolver a tecnologia espacial, financiando novos equipamentos e descobrindo até onde eles podem alcançar.
Caminhando no espaço
Pela primeira vez na história, tripulantes comerciais irão realizar uma atividade extraveicular no espaço. Como eles estarão em um lugar repleto de radiação, terão um traje totalmente preparado para esta atividade. Com tecnologia avançada, a roupa dará ao astronauta conforto e a possibilidade de registrar tudo em uma câmera de última geração no capacete.
Traje especial dos tripulantes (Foto: reprodução/O Globo)
"Após mais de dois anos de treinamento, estamos animados para embarcar nesta missão", disse o comandante Jared Isaacman. "A ideia é aprender o máximo que pudermos sobre o novo traje e devolvê-lo aos engenheiros para desenvolverem futuras evoluções do design. É uma grande honra ter essa oportunidade de testá-lo neste voo".
Apesar de haver riscos, a equipe garante que já passaram por situações mais perigosas, até mesmo dentro da SpaceX. O comandante assegurou que todos os testes possíveis foram feitos, tanto na parte de engenharia, quanto na parte humana. Ele garantiu também que, apesar de estar correndo contra o tempo, isso não significaria um problema. Vale lembrar que, segundo ele, há cinco ou seis dias de suporte vital no veículo.
Foto Destaque: missão da Polaris Dawn (Reprodução/O Globo)