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Ministro Alexandre de Moraes determina prisão de Anderson Torres

Polícia Federal também realiza ação de busca e apreensão na residência de Anderson Torres, que atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública no governo anterior.

10 Jan 2023 - 18h33 | Atualizado em 10 Jan 2023 - 18h33
Ministro Alexandre de Moraes determina prisão de Anderson Torres Lorena Bueri

Nesta terça-feira (10) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da justiça, Anderson Torres. Foram vistas viaturas da Polícia Federal em frente à casa do ex-secretário, em Brasília.

Após deixar o Ministério da Justiça, com o fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres reassumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres era o responsável pela pasta quando alguns bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto no último domingo (08).

Ibaneis Rocha teria sido o responsável por exonerar Anderson Torres, ação feita pouco antes de ser afastado do cargo de governador por ordens de Alexandre de Moraes, por 90 dias. O ministro entendeu que houve omissão das autoridades do Distrito Federal nos atentados.


PF faz operação na casa de Anderson Torres, em Brasília (Foto: Reprodução/G1)


A AGU (Advocacia-Geral da União) pediu a prisão do ex-secretário da Segurança Pública por omissão na repressão aos ataques. Torres está de férias em Orlando, no EUA, mesma cidade onde está o ex-presidente Bolsonaro.

Após os casos de terrorismo, Anderson Torres divulgou uma nota negando conivência nos atos e os classificando como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos", escreveu em rede social. De acordo com portal G1.

A Procuradoria-Geral da República afirmou que, no mínimo, “houve criminosa omissão do Governador do Distrito Federal que terá anuído e concorrido, de maneira consciente e voluntária, para os gravíssimos crimes verificados em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.” Afirmou a Procuradoria em ofício envidado à Justiça.

A Procuradoria Geral também afirmou que, junto com Ibaneis, têm responsabilidade sobre os fatos, “em tese”, o ex-secretário da Segurança Pública, secretário interino de Segurança, Fernando de Souza Oliveira e o comandante geral da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto.  

Foto Destaque: Anderson Torre, ex-secretário da Segurança Pública. Reprodução/Carta capital.

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