O Ministério da Saúde de Gaza apontou nessa sexta-feira (21) que mais de 20.000 palestinos foram mortos na guerra entre Israel e Palestina, desde do dia sete de outubro. Palestinos que ainda vivem na Faixa de Gaza, segundo o relatório das Nações Unidas, passam extrema fome e necessidade de água à medida em que o conflito intensifica-se. O Ministério da Saúde complementou que mais de 50.000 pessoas estão feridas devido aos ataques de Israel.
Beira da Faixa de Gaza (Foto/reprodução/ SAID KHATIB)
Noite de ataques
Na noite da véspera de Natal (24), a Faixa de Gaza recebeu ataques de bombardeio, foi informado que 70 pessoas foram mortas no campo de refugiados de Al-Maghazi. O médico Ashraf al-Qudra, do Ministério da Saúde, diz que os números de feridos comunicados podem possivelmente aumentar devido a grande quantidade de famílias concentrada no local. O médico também afirma que a maioria dos mortos foram mulheres e crianças. A área atacada tratava-se de uma região pacífica de segurança para os palestinos.
Foi requerido pelo Alto Comissário das Nações Unidas, Filippo Grandi, e o líder religioso Papa Francisco, o cessar-fogo e a libertação dos reféns feitos ao longo dos meses. A mobilização de discursos pacificadores dos líderes internacionais é constante dentro do cenário atual da guerra.
Festividades canceladas
Devido a alta tensão perto dos feriados cristãos de fim de ano, os religiosos cancelaram as festividades tradicionais em solidariedade com as vítimas do confronto. Na cidade de Belém, Cisjordânia, que representa o local em que Jesus Cristo – principal símbolo religioso do cristianismo – nasceu, as ruas encontram-se vazias, os turistas são escassos.
Apesar da comoção global para o fim da guerra, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que: “Não vamos parar. Continuaremos lutando e intensificaremos os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa que está longe de acabar.” A expectativa para os próximos meses permanece de medo e apreensão para o povo palestino.
Foto destaque: Faixa de Gaza (foto/reprodução: Mohammed Saber/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK)