Nesta quinta-feira (25) o Ministério da Saúde informou duas mortes por febre do oropouche no Brasil. Segundo o Ministério, até o momento não havia relatos na literatura científica internacional sobre a ocorrência de óbitos causados pela doença. Por ser transmitida principalmente através do mosquito conhecido por "Maruim" ou "Mosquito Pólvora"os sintomas são bem parecidos com o da dengue, porém geralmente são de baixa gravidade.
As mortes que foram confirmadas são de mulheres do interior da Bahia com menos de 30 anos sem algum tipo de comorbidades. Apresentaram sintomas semelhantes a um quadro de dengue mais grave. As mortes pela doença aconteceram em maio e junho de 2024, mas diversos exames precisam ser realizados para que a causa dos óbitos sejam confirmados.
Alta febre causada pelo vírus (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ simonlong)
Investigações pelo Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche em 20 estados do Brasil, com a maioria no Amazonas e em Rondônia. O Ministério segue investigando um óbito pela doença em Santa Catarina, Maranhão e em Pernambuco, a Secretaria estadual de Saúde investiga se a infecção pela doença pode causar a interrupção de quatro gestações.
A descoberta dos casos foi ampliada para o Brasil todo em 2023, após o ministério disponibilizar uma maneira inédita de realizar testes diagnósticos para toda a rede nacional. Com essa atitude, os casos que eram encontrados na região norte do país passaram a ser identificados em outras regiões brasileiras.
A febre do oropouche
Por ser transmitida através do mosquito após picar uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias e, quando esses insetos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela. Segundo o Ministério, a doente tem dois ciclos de transmissão, sendo os ciclos silvestres, onde os animais como bichos preguiças e macacos são portadores do vírus, e o ciclo urbano, onde os seres humanos são os principais portadores do vírus.
Os sintomas da doença mais frequentes, segundo o Ministério da Saúde, são as dores de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náuseas e diarreia. O diagnóstico da febre do oropouche envolve uma avaliação clínica epidemiológica e laboratorial, mas, além disso, com os casos de infecção devem ser comunicados, pois a doença é notificação obrigatória devido ao potencial epidêmico e a capacidade de mutação, podendo representar uma ameaça à saúde pública.
Foto destaque do mosquito Maruim (Foto: reprodução/ Getty Images Embed/ Reimar Gaertner)