O Ministério da Saúde anunciou no último domingo (22) que estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos, com o objetivo de recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas.
Assistência à Povos Indigenas (Foto: Reprodução/ Instituto Humanitas Unisinos)
O motivo da proposta tem origem da desassistência sanitária na população indígena, como é o caso do território Yanomami.
De acordo com a pasta, o recrutamento seria de médicos formados no Brasil e no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive em Dsei Yanomami, local onde quase 100 crianças faleceram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.
Os Dsei correspondem às unidades de responsabilidade sanitária federal a uma ou mais terras indígenas.
Segundo o secretário de Atenção primária à Saúde, Nésio Fernandes, esse edital correspondem às necessidades atuais que o país enfrenta
“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomani, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica.
Ainda segundo a pasta, a medida é uma das ações da Sala de Situação, para apoiar ações de enfrentamento à falta de assistência aos povos que vivem em território Yanomami.
De acordo com Fernandes, quando se esgotarem as vagas para brasileiros no edital, as remanescentes automaticamente irão para brasileiros formados no exterior.
Segundo o Ministério, o novo edital pode sair ainda essa semana
“A secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) está garantindo recursos para um edital em andamento, em que há 77 médicos alocados em Dsei. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado já a partir desta semana, contemplando a necessidade da saúde indígena”, explica.
Foto destaque: Povo Yanomami. Reprodução/ Medium