Ex-ministro da educação, Milton Ribeiro, será ouvido hoje (23) em audiência de custódia para decidir sobre sua soltura. Após passar a noite na Superintendência da Polícia Federal, Ribeiro que foi acusado de suspeita de envolvimento em corrupção e tráfico de influência durante seu mandato, passará pela outiva ao decorrer do dia.
A audiência que será por videoconferência, tem a função de proporcionar ou não um habeas corpus para o ex-ministro, afim de definir se o mesmo será preso ou solto. A Justiça Federal determinou que ele deve ser transferido para Brasília, portanto, negaram seu pedido de defesa para ficar recluso em São Paulo.
A prisão preventiva ocorreu nesta quarta-feira (22), em Santos, onde estava morando desde que saiu do governo. Também foram presos os Pastores Arilton Moura e Gilton Santos, todos sob investigação de corrupção. Segundo documentos, os pastores recebiam propina para agilizar os processos do MEC e facilitar os usos nas prefeituras. O caso ainda está mantido em sigilo.
Milton Ribeiro, ex ministro do MEC. (Foto: Reprodução/O Globo)
Advogado do Ribeiro se pronunciou, alegando que não há uma extrema clareza para uma prisão preventiva, e que os crimes julgados, em questão, não são respaldados perante as leis, já que não são violentos, os fatos são antigos e não correspondem a contemporaneidade e que as medidas da prisão preventiva deveriam ser trocadas por cautelares, o que seria suficiente. Também comentou sobre o caso em específico, dizendo que há provas de que a esposa do antigo chefe do Ministério da Educação (MEC), Myrian Ribeiro, recebeu uma quantia estimada de R$ 60 mil de alguém ligado ao pastor Moura.
A defesa também pediu acesso ao processo, sendo encaminhado um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal, na noite de ontem (22). O pedido em questão foi que seja integral à vista dos autos de origem e seus procedimentos conexos. Além do requerimento que seja uma audiência por videoconferência.
Foto Destaque: Milton Ribeiro, ex-ministro da educação. Reprodução/O Globo.