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Médicos são assassinados a tiros em quiosque na praia da Barra da Tijuca, no RJ

Três médicos que estavam no estado para participar de um congresso foram mortos a tiros por homens encapuzados na última madrugada, e um quarto médico que os acompanhava foi ferido.

05 Out 2023 - 14h15 | Atualizado em 05 Out 2023 - 14h15
Médicos são assassinados a tiros em quiosque na praia da Barra da Tijuca, no RJ Lorena Bueri

Na última madrugada na Barra da Tijuca na Zona Oeste do Rio de Janeiro, quatro médicos, três de São Paulo e um da Bahia, que vieram para um congresso de ortopedia no Rio de Janeiro, foram brutalmente atacados por homens encapuzados que desceram de um carro branco, encapuzados e dispararam cerca de 33 tiros contra eles. Dos quatro médicos, três morreram na hora e um foi socorrido com vida e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro, onde passa por uma cirurgia ortopédica nesse momento, e seu estado se encontra estável.

As vítimas fatais foram Marcos Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, e o sobrevivente é Daniel Proença, de 32 anos.

Irmão e cunhado de políticos

Um dos médicos brutalmente assassinado, Diego Ralf de Souza Bomfim, era ortopedista e irmão da deputada federal pelo estado de São Paulo, Sâmia Bomfim, e cunhado do também deputado federal, mas pelo Rio de Janeiro, Glauber Braga, ambos do PSOL.


Deputados Sâmia e GlauberUma das vítimas, Diego Bomfim, era irmão de Sâmia, à esquerda, e cunhado de Glauber, à direita, deputados federais (Foto: reprodução/Twitter/X/@samiabomfim)


Participariam de congresso

As vítimas estavam no Rio de Janeiro para um congresso de ortopedia sobre especialização em pés e que acontece a cada quatro anos. Eles chegaram na quarta-feira (04) e jantaram no hotel. Após a refeição decidiram sair, pois ele ficava de frente para a praia e do quiosque onde foram mortos. Estavam em momento de lazer, aproveitando o tempo livre antes do início do evento nesta quinta-feira (05).

Dinâmica do crime

Segundo imagens de câmeras de segurança do quiosque onde o crime aconteceu, um carro da cor branca parou próximo ao quiosque, na Avenida Lucio Costa, Barra da Tijuca, e saíram três homens encapuzados e armados e efetuaram cerca de 33 tiros contra os médicos.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro, PMRJ, do 31º BPM foi acionada e encontraram quatro pessoas baleadas. Logo depois o Corpo de Bombeiros chegou ao local e prestou os primeiros socorros a eles, além de verificarem três mortos, o quarto ainda com ferimentos foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Testemunhas afirmaram à Globo News que não houve interação entre os bandidos e as vítimas, que chegaram atirando e que durou menos de um minuto todo o crime.  

Investigações

A Delegacia de Homicídios da capital, Rio de Janeiro, investiga o caso com auxílio da Polícia Civil de São Paulo, que enviou dois delegados e seis investigadores e o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, ordenou que a Polícia Federal acompanhe de perto as investigações.

Os investigadores acreditam que o depoimento de Daniel Proença, o sobrevivente, poderá ajudar a elucidar o caso. Após passar por cirurgia, e estiver apto, a polícia deverá colher seu depoimento.


Última SelfieÚltima foto tirada dos médicos, momentos antes do crime acontecer (Foto: reprodução/Twitter/X/@G1)


Pronunciamento

O governo do estado do Rio de Janeiro havia convocado uma entrevista coletiva para falar sobre o caso, as 11 horas da manhã, porém houve um atraso e a entrevista acabou virando um pronunciamento de cerca de 10 minutos, onde os representantes da Polícia Civil do Rio, da Polícia Federal, do diretor da Delegacia de Homicídios (DH) e representantes do Ministério Público apenas falaram e se recusaram a responder perguntas de repórteres.

O delegado da Polícia Civil carioca afirmou que toda a estrutura da segurança pública está à disposição dos investigadores, que a Polícia Federal está trabalhando conjuntamente para elucidar o crime, o representante da DH disse que estão empenhados em recolher provas e o Ministério Público destacou uma equipe especial para acompanhar de perto as investigações. Câmeras de segurança do local, assim como as de trânsito, foram requisitadas pelos investigadores para poderem entender melhor o que aconteceu após o assassinato.

Durante o pronunciamento, que não houve espaço para perguntas, a Polícia Civil não disse qual a linha que está sendo seguida para a investigação do crime contra os médicos.

Notas

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse que determinou todos os recursos necessários para que se encontre os autores desse crime, que ele chamou de bárbaro. Já o Governador de São Paulo, onde três dos quatro médicos eram nascidos, Tarcísio de Freitas, disse em nota nas redes sociais que lamenta o ocorrido e que conversou com o governador fluminense e que mandou uma equipe de investigadores para acompanhar o caso.

O PSOL, partido da deputada federal Sâmia Bonfim, irmã de uma das vítimas, disse também que está prestando solidariedade à família das vítimas, e que espera que o caso seja investigado de forma rigorosa e eficiente.

 

Foto destaque: Perseu Ribeiro Almeida, Diego Ralf de Souza Bomfim e Marcos Andrade Corsato, da esquerda para a direita. Reprodução/Twitter/X/@metropoles

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